O nigeriano que tentou explodir um dispositivo que escondia na sua roupa íntima durante uma viagem de avião de Amsterdã a Detroit (norte dos Estados Unidos) no dia de Natal de 2009 foi condenado nesta quinta-feira à prisão perpétua por um tribunal americano.
Umar Faruk Abdulmutallab, de 25 anos, foi considerado culpado em outubro de oito acusações contra ele, incluindo a de tentar assassinar 289 pessoas a bordo do voo 253 do Northwest Airlines, no segundo dia do processo contra ele em um tribunal de Detroit.
"Está claro que (o acusado) tem uma enorme motivação para realizar outro ataque terrorista", argumentou Edmunds.
"Este tribunal não tem a capacidade para controlar as motivações do acusado, que parecem não ter mudado. Contudo, pode controlar as oportunidades que tenha de executar essas ações", acrescentou.
Vestido com um boné branco e uma larga camisa da mesma cor, Abdulmutallab não mostrou nenhuma emoção quando a juíza Nancy Edmunds ditou a pena máxima por cada uma das acusações.
O atentado frustrado, que a acusação considera um complô tecido pelo clérigo radical e terrorita da Al Qaeda Anwar al Awaliqi, levou à preocupação global e fez com que os Estados Unidos intensificou os controles nos aeroportos e de suas listas de pessoas proibido de voar.
Apesar do endurecimento das medidas de segurança nos aeroportos por causa dos atentados do 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, Abdulmutallab conseguiu abordar o voo procedente de Amsterdã com 76 gramas do explosivo tetranitrato de pentaeritritol.
Contudo, a bomba oculta em suas roupas íntimas não chegou a detonar e só causou um incêndio quando o avião começou a inclinar para aterrissar.