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Irã rejeita advertências dos EUA sobre fechamento do Estreito de Ormuz

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O general da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, rejeitou nesta quinta-feira as advertências dos Estados Unidos no caso de Teerã resolver fechar o Estreito de Ormuz, informou a agência estatal Fars.

"Não duvidamos de que seremos capazes de aplicar estratégias defensivas para proteger nossos interesses vitais", advertiu o militar.

Na véspera, os Estados Unidos advertiram o Irã contra uma tentativa de interferir na navegação do Estreito de Ormuz.

"O bloqueio do trânsito de navios não vai ser tolerado", afirmou o secretário da assessoria do Pentágono, George Little, acrescentando que não registrou por ora indícios de hostilidades por parte do Irã na zona.

O Irã declarou que acha desnecessário fechar o Estreito de Ormuz, embora considere muito fácil bloquear esta via pela qual circula 40% do tráfego marítimo do petróleo mundial, segundo afirmou o comandante da marinha iraniana, o almirante Habibolah Sayyari, na quarta-feira.

Os Estados Unidos e alguns países europeus querem adotar sanções contra as exportações de petróleo do Irã devido ao programa nuclear do país, que essas potências afirmam ter fins militares, apesar de Teerã negar.

"Fechar o estreito é muito fácil para as forças armadas iranianas. É como beber um copo de água, como se diz em persa", declarou o comandante da marinha.

"Atualmente não precisamos fechar o estreito porque controlamos o mar do Omã e podemos controlar o tráfego marítimo e petrolífero", declarou.

Navio americano

O Irã começou sábado, dia 24 de dezembro, 10 dias de manobras navais a leste do estreito de Ormuz, que liga o mar de Omã ao Golfo de Adén.

Segundo autoridades militares iranianas, um de seus aviões identificou um porta-aviões americano na área de manobras navais organizada pela Marinha do Irã na região.

"Um avião de vigilância iraniano identificou um porta-aviões americano na zona de manobras em que estão mobilizados navios iranianos, fez fotos e filmou", declarou o almirante Mahmud Musavi.

"Isto demonstra que a Marinha iraniana observa e vigia todos os movimentos das forças (...) na região", completou.

A V Frota americana tem como porto base o Bahrein, o que permite a Washington ter uma importante presença naval no Golfo Pérsico e em Omã.