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ONU lamenta morte da ambientalista e Prêmio Nobel Wangari Maathai

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O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, emitiu um comunicado, nesta segunda-feira, expressando pesar pela morte da ambientalista do Quênia, Wangari Maathai.

A professora e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz morreu de câncer no domingo, aos 71 anos, em Nairóbi, capital do país.

Wangari Maathai foi a primeira mulher da África a receber o Prêmio Nobel, em 2004. Na ocasião, ela falou sobre o significado da distinção. A ambientalista afirmou que Nobel da Paz realçava que a preocupação com a maioria das pessoas deveria ser generalizada e os recursos geridos de forma sustentável. Maathai afirmou que os recursos devem ser partilhados de forma igual, não permitindo que poucos se beneficiem. E alertou que a situação poderia causar conflitos.

Wangari Maathai ficou conhecida no mundo pela sua luta de conservação das florestas e do meio ambiente. Ativista, ela fundou o movimento Cinturão Verde, ainda na década de 70, no Quênia, uma iniciativa que plantou 30 milhões de árvores. Nos últimos anos, ela estava ajudando a ONU com o projeto de plantar 1 bilhão de árvores.

Cinco anos após receber o Nobel, Wangari Maathai tornou-se Mensageira da Paz das Nações Unidas a convite do secretário-geral, Ban Ki-moon. Além disso, ela defendia os direitos das mulheres e a democracia.

A professora queniana estudou Biologia nos Estados Unidos e medicina veterinária na Alemanha, antes de receber o seu doutorado, no Quênia.

De acordo com a biografia de Wangari Maathai na página do Instituto Nobel, ela foi a primeira mulher na África Oriental e Central a receber o grau de doutorado na Universidade de Nairóbi, em 1971.