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Dilma está emocionada com visita à Bulgária, diz Patriota

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A presidente Dilma Rousseff mescla momentos de emoção e ansiedade na expectativa da visita que fará, pela primeira vez, à Bulgária, país onde vive sua família paterna, informou o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que está em Sofia, a capital búlgara. O chanceler disse nesta sexta-feira que o objetivo de Dilma é associar uma visita afetiva à consolidação de projetos para a ampliação das relações bilaterais.

Segundo Patriota, a data exata da viagem de Dilma ainda vai ser definida, mas a presidente já o orientou a preparar projetos que sejam desenvolvidos pelos dois países e intensifiquem os contatos não só comerciais, como culturais. O chanceler se reúne ainda hoje com o presidente da Bulgária, Giorgi Parvanov.

Pela manhã, Patriota conversou com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Nikolay Mladenov, e o vice-presidente da Assembleia Nacional, Anastas Atanassov. No começo do ano, as primeiras autoridades estrangeiras que Dilma recebeu foram o primeiro-ministro búlgaro, Boyko Borissov, e o chanceler do país, que a convidaram para visitar a Bulgária.

Nas conversas que manteve hoje, Patriota pediu apoio do governo búlgaro para a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU). Para o Brasil, é fundamental promover mudanças na estrutura atual do órgão - que é composto por 15 vagas, das quais apenas cinco são permanentes - ampliando os espaços de acordo com o quadro mundial do século 21.

O chanceler também destacou a importância das discussões que ocorrerão em 2012, na Conferência Rio+20, no Rio de Janeiro. A expectativa é que seja a maior conferência mundial sobre preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e economia verde, definindo um novo padrão para o setor. Mais de 100 presidentes da República e primeiros-ministros são aguardados.

Patriota disse também que há interesses do Brasil em aumentar o comércio com a Bulgária. Em 2010, o intercâmbio comercial com o país chegou a US$ 147 milhões e, de janeiro a julho deste ano, a US$ 73,7 milhões, com potencial de crescimento nos dois sentidos, segundo o governo brasileiro.

As exportações brasileiras, no ano passado, concentraram-se em minérios, fumo e açúcar. Já as importações envolveram principalmente material fotográfico, fertilizantes e aparelhos mecânicos.

Até o final deste ano Dilma pretende ir a pelo menos quatro países da América do Sul, a um da Europa, a cinco da África e a um euro-asiático. Já está confirmada sua participação na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos, entre os dias 18 e 22 de setembro.

Em outubro, Dilma pretende ir não só à Bulgária, como também à Turquia, e à Bélgica. Em Bruxelas, capital belga, a presidente participará de reuniões na sede da União Europeia para conversar sobre as relações com o Brasil e o Mercosul.