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Justiça iraniana confirma condenação dos turistas americanos

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Os dois americanos detidos há dois anos no Irã por suposta espionagem e entrada ilegal no país foram condenados a oito anos de prisão cada um, e têm 20 dias para apelar da sentença, confirmou neste domingo o procurador de Teerã. 

"Shane Bauer e Josh Fattal foram condenado cada um a oito anos de prisão pela 15º corte do Tribunal Revolucionário de Teerã", declarou Jafari Dolatabadi, citado pela agência Isna, confirmando assim uma informação divulgada por uma fonte não identificada no sábado, no site da televisão estatal. 

Dolatabadi também disse que o caso de Sarah Shourd, de 32 anos, detida junto a Bauer e Fattal, mas que voltou aos Estados Unidos em setembro de 2010 depois de colocada em liberdade sem fiança por razões de saúde e que continua sendo julgada à revelia, prossegue aberto. 

O advogado dos réus, Masud Shafii, anunciou à AFP que apelará da decisão. ‘Vou utilizar todos os meios legais a minha disposição nos próximos 20 dias’, declarou, acrescentando que seus clientes são inocentes. 

Por sua parte, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast, afirmou em um comunicado enviado à AFP que ‘o veredicto foi tomado depois de um processo judicial justo e com base numa justiça independente’. 

A secretária de Estado americana Hillary Clinton se declarou profundamente decepcionada com a condenação. 

"Continuaremos reclamando e trabalhando por sua imediata libertação. ê hora de voltarem para casa e reencontrarem suas famílias’, afirmou. 

Por sua parte, as famílias dos dois jovens pediram compaixão às autoridades iranianas em um comunicado. 

Shane Bauer e Josh Fattal receberam sentença de três anos de prisão por terem entrado ilegalmente no Irã e de cinco anos por espionagem para uma agência americana. 

O julgamento aconteceu a portas fechadas e sem uma das acusadas, Sarah Shourd, que retornou aos Estados Unidos depois de libertada sob fiança (500.000 dólares) por motivo de saúde, em setembro de 2010. 

Bauer e Fattal, de 29 anos os dois, e Shourd, de 32, foram presos em 31 de julho de 2009 na fronteira entre o Iraque e o Irã, onde disseram ter entrado por engano depois de se perderem durante uma excursão nas montanhas do Curdistão iraquiano. 

Os três americanos se declararam inocentes das acusações de espionagem. 

Os Estados Unidos desmentiram categoricamente as acusações contra seus três cidadãos e exigiram a libertação deles.