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Rede norueguesa bane games preferidos por atirador de Oslo

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Call of Duty e World of Warcraft, dois dos mais famosos jogos eletrônicos, não fazem mais parte das prateleiras das lojas da Coop Norway, uma rede comercial nórdica. A razão para a retirada não é seu potencial de venda, mas sim o significado que ambos adquiriram depois que Anders Behring Breivik, o autor confesso dos ataques de Oslo em 22 de julho, lhes atribuiu ao afirmar, em seu manifesto de mais de 1,5 mil páginas, ser fã dos games.

A informação da retirada dos jogos foi veiculada no final de julho e repercutida em uma matéria deste domingo do jornal espanhol El País. O periódico faz menção ao acalorado debate envolvido no episódio, que pode reavivar a polêmica sobre a relação entre games que envolvem algum tipo de violência (como é o caso do Call of Duty e do World of Warcraft) e comportamentos criminosos, como o de Breivik, que deixou a nação em choque com o saldo de 77 mortos no duplo ataque a Oslo e à ilha de Utoya.

Segundo o jornal, todavia, a decisão da Coop Norway não se baseia na famigerada premissa da relação games/violência, mas em consideração aos familiares das vítimas de 22 de julho. Segundo seu vicepresidente, Geir Inge Stokke, "a decisão foi tomada por respeito àqueles afetados diretamente pelo ocorrido", reafirmando que "não há nenhuma razão para crer que haja alguma conexão entre o uso de videogames violentos e um comportamento parecido". A medida, acrescentou, não é necessariamente permanente, e seu efeito será estudado.