O governo russo informou que há pouca esperança de encontrar mais sobreviventes do naufrágio de um barco de turismo no rio Volga, que aconteceu no último domingo. A embarcação estava superlotada e informações oficiais confirmam que possam haver até 128 vítimas no acidente fluvial, o pior do país em 30 anos.
O Bulgaria foi construído em 1955 e tinha dois andares. A embarcação afundou a três quilômetros da costa, no rio Volga, no Tatarstão. Oitenta pessoas foram resgatadas com vida do acidente. Mergulhadores trouxeram para a superfície dezenas de corpos que estavam na embarcação.
A mídia local afirma que, dentre os passageiros, até 60 podem ser crianças. A sobrevivente Natlya Makarova afirmou em uma entrevista que "praticamente nenhuma criança sobreviveu", incluindo sua filha pequena, que escapou de seus braços no momento do naufrágio.
"Fomos sepultados vivos no barco, como se fosse um caixão de metal. Eu praticamente me arrastei do fundo. Minha filha de 10 anos estava comigo, eu a segurei enquanto pude, mas depois não consegui", disse Makarova, que escapou por uma janela.
O presidente Dmitry Medvedev garantiu que que o acidente não teria acontecido se tivessem sido seguidas as normas de segurança. Segundo ele, a embarcação estava em mau estado. Ele ainda alertou para o número "absurdo" de embarcações antigas que ainda são usadas. Medvedev pediu uma "inspeção total" de todos os veículos de transporte de passageiros do país e anunciou um dia nacional de luto na terça-feira.