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Cinzas do vulcão chileno matam 500 mil ovelhas na Argentina

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O acúmulo de grossas camadas de cinzas, provenientes do vulcão chileno Puyehue Cordón-Caulle, matou cerca de 500 mil ovelhas na província de Chubut, no sul da Argentina, segundo informaram nesta quarta-feira fontes oficiais. Segundo informou o chefe do gabinete do Governo de Chubut, Pablo Kom, 600 mil ovinos sobreviveram, mas, entre eles, 50 mil correm "risco de morrer". O acúmulo das cinzas mata os animais de fome e sede às ovelhas.

"Os pequenos produtores somente receberam forragem para seus animais", afirmou o presidente da Federação de Sociedades Rurais de Chubut, Ernesto Siguero.

A localidade de Chubut declarou "zona de desastre" por causa da disseminação de cinzas do complexo vulcânico. O secretário de Emergência e Desastre Agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuária, Haroldo Lebed, informou que, em Río Negro, um rebanho de 600 mil cabeças, a maior parte ovinos, também está ameaçado. 

"Os animais comem pasto com cinzas, quebram os dentes e se intoxicam", comentou as emissoras de rádio de Buenos Aires depois de percorrer todas as localidades afetadas.

Na segunda-feira, milhares de habitantes de Bariloche saíram às ruas para retirar as grossas camadas de cinzas. Os voos comerciais entre Buenos Aires e cidades do sul do país começaram a ser retomados nesta quarta-feira e devem ser restabelecidos nesta quinta-feira, enquanto mantém alerta pelas atividades do vulcão chileno.