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Humala proclama vitória na eleição presidencial peruana

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LIMA - O nacionalista Ollanta Humala, um ex-militar de 48 anos, se declarou vencedor do segundo turno da eleição presidencial peruana de domingo em uma praça do centro de Lima, diante de milhares de simpatizantes.

"Os resultados divulgados, as contagens rápidas nos fazem ver que tivemos êxito e que ganhamos as eleições no Peru", disse o candidato de esquerda, que foi muito aplaudido.

Com 84% dos votos apurados, Humala tem vantagem de 1,81% sobre a candidata da direita, Keiko Fujimori, segundo o Escritório Nacional de Processos Eleitorais (ONPE). Humala tem 50,90% dos votos, contra 49,09% de Keiko.

Apesar dos resultados e do anúncio de Humala, Keiko Fujimori não admitiu a derrota até o momento.

No discurso, Humala prometeu que continuará com o crescimento econômico e disse que "este crescimento será o grande motor do desenvolvimento social do país", ao mesmo tempo que defendeu um governo de conciliação nacional.

O primeiro boletim oficial de apuração mostrou uma vantagem de Humala mais apertada do que as reveladas por quatro contagens rápidas, mas segundo Fernando Tuesta, diretor do Instituto de Opinião da Universidade Católica, a margem apertada não coloca em risco a vitória do nacionalista.

O diretor da empresa de consultoria Ipsos-Apoyo, Alfredo Torres, concordou e disse que o resultado é irreversível.

Caso seja confirmada a vitória de Humala representará o retorno da esquerda ao poder depois do regime militar de Juan Velasco Alvarado (1968-1975).

Keiko Fujimori declarou que se o ONPE ratificar a contagem rápida, ela reconhecerá os resultados.

O prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa afirmou em Madri que o resultado é uma "derrota do fascismo". De acordo com o escritor, o país se livrou do retorno ao poder de uma ditadura violenta.

Em seu discurso, Humala disse ainda que política externa de seu governo buscará a unidade latino-americana.