PEQUIM - Pelo menos 90 pessoas, entre elas estudantes e pastores, foram detidas na região autônoma chinesa da Mongólia Interior durante manifestações, informou um grupo de defesa dos direitos dos mongóis.
Em torno de 40 estudantes e pastores da etnia mongol foram detidos no distrito de Xilingol, afirmou o Centro de Informação sobre os Direitos Humanos na Mongólia do Sul, uma ONG instalada nos Estados Unidos.
No domingo à noite, este centro disse que 50 estudantes e moradores também foram presos depois de várias manifestações na capital regional, Hohhot.
Não foi possível contatar a polícia nesta segunda-feira em Hohhot e na cidade de Xilinhot, que faz parte do distrito de Xilingol.
As manifestações da última semana de maio foram provocadas pela morte de um pastor, atropelado por um Han - etnia dominante na China - quando junto a outros tentava bloquear um comboio que transportava carvão à região Xilingol, onde a atividade mineira expulsou os pastores mongóis de suas terras.
As manifestações ampliaram-se a diversas localidades da Mongólia interior, ampla região rural do norte da China, onde a segurança foi reforçada e os estudantes obrigados a permanecer em seus campus.