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Forças policiais da Síria atiram em manifestantes e ferem pelo menos cinco

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DAMASCO - As forças de segurança do governo da Síria atiraram em manifestantes hoje durante um protesto, na cidade de Latakia, ferindo pelo menos cinco pessoas. A série de manifestações faz parte das ações do Dia da Ira. O objetivo é protestar contra o presidente sírio, Bashar Al Assad, acusado de reprimir com violência as manifestações e manter um governo autoritário.

Segundo relatos, cerca de mil pessoas marcharam pela cidade de Latakia no momento em que forças de segurança atiraram nos manifestantes. Na capital síria, Damasco, também houve protestos do centro da cidade aos subúrbios. O governo da Síria proibiu a imprensa estrangeira e nacional de cobrir os protestos e entrar nas cidades onde há as manifestações.

Organizações não governamentais informaram que mais de 500 pessoas morreram em decorrência dos protestos, que começaram na Síria no mês passado. Os manifestantes querem a saída de Assad e mais liberdade de expressão e política, entre outras reivindicações.

Ao longo desta semana, ele enviou tropas e tanques ao interior da Síria e também a Damasco. Dados não oficiais indicam que mais de 50 pessoas foram mortas esta semana. Pela primeira vez, hoje a Irmandade Muçulmana, um grupo muçulmano ilegal, manifestou-se a favor dos protestos.

Para Assad, que está há 11 anos no poder, os protestos foram gerados por uma conspiração estrangeira orquestrada por "bandos armados" e “extremistas islâmicos”. A família do atual presidente comanda o país há mais de quatro décadas.