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Oposição acusa as forças de Kadafi de terem matado 10 mil pessoas

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TRÍPOLI -  O opositor Conselho Nacional de Segurança (CNT) da Líbia acusou nesta terça-feira as forças leais a Muamar Kadafi de terem matado 10 mil pessoas desde o início do conflito no país e mencionou outros 20 mil desaparecidos e 30 mil feridos.

Enquanto isso, a renúncia e qualquer negociação para deixar o poder envolvendo o presidente da Líbia, Muamar Kadafi, estão afastadas. O aviso foi dado por Seif Al Islam, um dos filhos do líder líbio. Islam disse que é “verdadeiramente ridículo” considerar a saída do seu pai do governo e que a França cometeu um “erro histórico” ao atacar a Líbia.

“Kadafi não quer controlar tudo. Tem uma idade avançada [68 anos]. Nós queremos uma nova elite, uma elite de jovens que governem o país. Queremos sangue novo, mas falar da saída do guia é verdadeiramente ridículo”, disse Seif Al Islam.

Segundo Islam, a França, um dos primeiros governos a defender a intervenção militar na Líbia, cometeu um “erro histórico”. “Em meio aos inúmeros projetos em curso na Líbia, o presidente francês, Nicolas Sarkozy era o aliado mais próximo da Líbia e, por consequência, não tinha razão alguma para provocar um conflito entre a Líbia e a França. É um erro histórico”, disse.

Islam acusou ainda o governo do Catar de “ter conseguido vender” à França e ao Reino Unido “a ideia de que o regime líbio era um bolo que se podia partilhar, que o petróleo líbio podia ser partilhado”.

Em seguida, Islam acrescentou que “a França não beneficiará em um euro desta guerra que é feita na Líbia garantindo que a França perde com esta situação de caos”.