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Fábricas de cerâmica afegãs exploram famílias, e até mesmo crianças, em regimes desumanos de trabalho

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Em pequenos distritos e áreas rurais do Afeganistão, inúmeras famílias são atraídas por regimes escravocratas de trabalho na esperança de uma vida melhor. O círculo vicioso da pobreza mantém trabalhadores endividados com seus patrões, realidade que se repete em muitas fábricas de cerâmica espalhadas pelo país. É o caso dos Muhammads que, refugiados no Paquistão, eram obrigados a trabalhar em uma olaria local. Anos depois, foram comprados por Gul Bacha, dono de uma olaria afegã, no distrito de Surkhrod. 

Bacha paga cerca de dez dólares a Zar Muhammad, 55 anos, e a seus quatro filhos, por 2.500 tijolos produzidos, e vende esta mesma produção por 160 dólares. Com a baixa remuneração, os trabalhadores se vêem obrigados a pegar empréstimos com os donos das fábricas frequentemente, contribuindo para uma dívida que só cresce. 

– Eu tinha sete anos quando comecei esse trabalho – contou o filho mais velho, Nick Muhammad, 18. – Nesta época, minha família tinha uma dívida de 10.000 rúpias (cerca de 370 reais) na época. Hoje, devemos 150,000 rúpias (5.550 reais). 

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