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Protestos se intensificam no Bahrein após divulgação de quatro mortes

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MANAMA - Depois de três dias de protestos no Bahrein (no Golfo Pérsico), líderes da oposição avisam que as manifestações contra a monarquia Hamad Bin Isa Al Khalifa vão se intensificar. Os protestos continuam nesta quinta-feira.

A decisão foi tomada após a divulgação de que pelo menos quatro pessoas morreram e 95 ficaram feridas durante os protestos. Foram usadas bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para conter os protestos.

O líder da oposição xiita no Bahrein, o religioso Ali Salmane, afirmou hoje que a ação dos policiais contra os manifestantes na cidade de Manama causará repercussões catastróficas. “Esse ataque foi uma decisão errada que terá repercussões catastróficas na estabilidade do Bahrein”, disse ele. “As soluções de segurança não podem resolver as crises”.

Líder da Associação do Entendimento Nacional Islâmico (AENI), que conta com 18 deputados na Assembleia, em um total de 40 parlamentares, Salmane avisou que há uma grande manifestação marcada para sábado (19).

O Bahrein é considerado um aliado importante dos Estados Unidos na região, permanentemente em conflito. No país, de maioria islâmica xiita, os manifestantes exigem reformas políticas e constitucionais. Eles reivindicam mais ofertas de empregos e oportunidades e se dizem discriminados. Também querem melhores moradias para a população, a libertação dos presos políticos, assim como a criação de um Parlamento representativo. Al Khalifa está no poder há 40 anos.

Tanques

Dezenas de pequenos tanques do Exército do Bahrein foram enviados nesta quinta-feira para os arredores da praça de Manama onde as forças de segurança dispersaram os manifestantes antigovernistas durante a madrugada, provocando quatro mortes, informaram testemunhas.

Os tanques se posicionaram ao longo de uma avenida próxima da praça, segundo as mesmas fontes. Uma testemunha afirmou à AFP ter visto uma coluna de tanques em deslocamento do norte do Bahrein para Manama.