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Polícia usa tanques para dispersar manifestantes contrários ao governo em Bahrein

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As forças de segurança em Bahrein (país do Golfo Pérsico) usaram hoje (17) tanques, veículos de polícia e arame farpado para cercar e isolar a praça central de Manama, capital do país, onde ocorrem os protestos contra a monarquia Hamad Bin Isa Al Khalifa. Milhares de manifestantes foram retirados à força da praça durante a madrugada pelos policiais, que usaram bombas de gás lacrimogêneo e golpes de bastão.

O ministro do Interior, Rashed bin Abdullah al-Khalifa, fez um pronunciamento no canal de televisão estatal, proibindo novos protestos e alertando que o Exército tomará todas as medidas necessárias para garantir a segurança, de acordo com a BBC.

A crise política no Bahrein, acentuada por quatro dias de manifestações contrárias ao governo, que já causaram seis mortes e pelo menos 95 feridos, será tema de uma reunião extraordinária convocada para noite de hoje pelo Conselho de Cooperação do Golfo. O órgão é integrado pelo Baherein, pela Arábia Saudita, pelos Emirados Árabes Unidos, por Omã, pelo Qatar e pelo Kuwait.

Os seis países que integram o Conselho de Cooperação do Golfo são monarquias e produtores de petróleo. Criado há 29 anos, o órgão surgiu da proposta de elaborar regulações nas áreas de economia, finanças, comércio, turismo, legislação e administração. Também há a disposição de incrementar os setores de ciências e recursos hídricos.

Os líderes dos protestos avisaram que vão intensificar as manifestações, a maior delas está marcada para o próximo sábado (19). O Bahrein é considerado um aliado importante para o Estados Unidos na região, permanentemente, em conflito. No país, de maioria islâmica xiita, os manifestantes exigem reformas políticas e constitucionais.

Os manifestantes reivindicam mais ofertas de empregos e oportunidades aos xiitas, que se dizem discriminados. Também querem melhores moradias à população e a libertação dos presos políticos, assim como a criação de um Parlamento representativo. Al Khalifa está no poder há quatro décadas. As informações são da agência pública de Portugal, Lusa.