Maputo (Moçambique) – O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) renovou o apoio a Alassane Ouattara, reconhecido como presidente eleito da Costa do Marfim. Em comunicado conjunto, a ONU, a União Africana (UA) e a Comunidade Econômica dos Estados da África do Oeste (Ecowas, na sigla em inglês) sublinham o “forte desejo de que a crise politica seja resolvida pacificamente”.
O Conselho de Segurança também demonstrou “profunda apreensão” com atos de violência e violações dos direitos humanos no país. Em um dos episódios mais recentes, choques entre grupos adversários deixaram pelo menos cinco mortos em Abdijan, nesta terça-feira (11).
"Os membros do Conselho de Segurança condenam os ataques contra as forças de manutenção da paz e civis", diz o texto, que também pede o fim imediato do uso, pelo governo de Laurent Gbabo, do rádio e da televisão estatais para “incitar o ódio e a violência”. A oferta de ajuda para montar um governo de coalisão na Costa do Marfim, desde que Gbagbo deixe a presidência, foi rechaçada por ele.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), 25 mil pessoas fugiram para a Libéria para escapar da violência pós-eleitoral na Costa do Marfim. A média diária é de 600 pessoas cruzando a fronteira. Pelo menos 200 pessoas morreram desde o início da crise política.