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Argentina reconhece Palestina como 'Estado livre e independente'

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O chanceler da Argentina, Héctor Timerman, anunciou nesta segunda-feira, durante uma coletiva de imprensa em Buenos Aires, que o país reconhece a Palestina como um "Estado livre e independente", dentro das fronteiras de 1967.

De acordo com o diplomata, a  presidente Cristina Kirchner já teria enviado (nesta segunda-feira) uma nota ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas", para informar a decisão

A declaração de Buenos Aires foi divulgada após um pronunciamento no mesmo sentido do governo brasileiro


Posição do Brasil

Na última sexta-feira, o Itamaraty divulgou em carta que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu o Estado Palestino "nas fronteiras de 1967". O anúncio responde pedido do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que mandou uma carta a Lula em 24 de novembro, solicitando o reconhecimento brasileiro de um Estado que inclua os territórios palestinos ocupados por Israel na Guerra dos Seis Dias (1967).

"O reconhecimento do Estado palestino é parte da convicção brasileira de que um processo negociador que resulte em dois Estados convivendo pacificamente e em segurança é o melhor caminho para a paz no Oriente Médio. (...) O Brasil estará sempre pronto a ajudar no que for necessário", diz a carta.

De acordo com o comunicado do Itamaraty, "a iniciativa é coerente com a disposição histórica do Brasil de contribuir para o processo de paz entre Israel e Palestina" e reitera apoio à solução de dois Estados para dois povos."

No texto, Lula destaca que considera a solicitação "justa", ressaltando que "o entendimento do governo brasileiro é de que somente o diálogo e a convivência pacífica com os vizinhos farão avançar verdadeiramente a causa palestina".

O Itamaraty reforçou que o anúncio não prejudicará as relações com Israel, "que nunca foram tão robustas".