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EUA pressionam por mais diálogo para criação de Estado palestino

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REUTERS

RAMALLAH - A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, pressionou nesta quinta-feira Israel e os palestinos para que conversem sobre as questões-chave que poderão levar à criação de um Estado palestino.

Os temas mais problemáticos são o futuro de Jerusalém, as fronteiras de um Estado palestino e o direito de retorno de refugiados.

Israel rejeita um acordo tão amplo neste momento, mas Rice afirmou que o primeiro-ministro Ehud Olmert disse estar disposto a debater temas fundamentais, mas não deu detalhes de quais seriam eles.

- Deve haver um aprofundamento do diálogo entre os palestinos e os israelenses em todos os temas que levem à fundação de um Estado palestino - disse ela em entrevista coletiva ao lado do presidente palestino, Mahmoud Abbas.

Rice está em visita à Cisjordânia com o objetivo de ajudar Abbas e seu governo, seis semanas depois que o grupo islâmico Hamas dominou a Faixa de Gaza.

Uma autoridade do governo israelense disse que Israel está preparado para começar a debater assuntos de fronteira em termos gerais com Abbas. Por outros lado, segundo a fonte, o destino de Jerusalém e dos refugiados palestinos seriam questões muito delicadas para este momento.

Na entrevista coletiva, Abbas declarou ser importante que os palestinos 'saibam qual será o resultado, qual será o final do jogo' nas negociações com Israel.

Na viagem de quatro dias ao Oriente Médio, Rice conseguiu o apoio tácito da Arábia Saudita para uma proposta de conferência de paz ainda este ano. Mas analistas estão pessimistas sobre resultados da visita da secretária, já que, agravando a situação, os territórios palestinos estão divididos entre o Hamas e a facção Fatah, de Abbas.