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Exército libanês ataca esconderijo de militantes, 12 morrem

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REUTERS

TRÍPOLI - Tropas libanesas mataram neste domingo sete militantes islâmicos, a maioria estrangeiros, em uma ação contra seu refúgio na cidade de Trípoli, no norte do Líbano, enquanto outras batalhas atingiram um campo de refugiados perto do local.

No total, 12 pessoas morreram, entre militantes, soldados e civis.

Fontes de segurança disseram que um soldado morreu e 14 ficaram feridos durante as 10 horas de cerco a um prédio de apartamentos residenciais. Os militantes mataram um policial, suas duas filhas de 4 e 8 anos de idade e um parente, após usá-los como escudo humano.

O Exército disse que encontrou armas, munição e equipamento eletrônico para armadilhas no apartamento.

Os militantes mortos, que incluem uma mulher libanesa, não eram membros do Fatah al-Islam, que vem enfrentando o Exército no campo de refugiados de Nahr al-Bared, ao norte de Trípoli, nas últimas cinco semanas, disseram fontes de segurança.

Mas foram informações de um membro do Fatah al-Islam capturado que levaram o exército ao apartamento onde houve o tiroteio.

Dois dos cinco andares do prédio foram queimados no combate. Buracos de bombas, granadas e de balas marcaram as paredes. Havia uma grande poça de sangue no chão.

A violência no norte do Líbano complicou a crise política do governo apoiado pelo Ocidente, que sofre oposição liderada pelo Hezbollah, xiita e pró-Síria, e de facções Amal.

O Fatah al-Islam surgiu no ano passado, com cerca de 200 homens. É uma dissidência de uma facção palestina. Desde então, atraiu muitos árabes jihadistas, incluindo veteranos da guerra no Iraque, para sua base em Nahr al-Bared.

O governo afirma que o Fatah al-Islam é uma ferramenta da Síria para desestabilizar o Líbano e tentar recuperar a hegemonia no país. Damasco nega e afirma que o grupo ameaça sua própria segurança.