Agência EFE
LÍBANO - Tropas do Exército libanês e militantes islâmicos entraram em confronto bombardeando intensamente o acampamento de 40 mil refugiados de Nahar al-Bared, na região da cidade de Tripoli, no norte do Líbano, pelo segundo dia consecutivo.
Espessas colunas de fumaça sobem desde vários pontos do acampamento. O barulho das metralhadoras é constante, no que parece ser uma tentativa do Exército de atacar definitivamente o acampamento após quase dois dias de violentos confrontos.
O confronto que já deixou cerca de 50 pessoas mortas está sendo considerado como o mais intensos desde o fim da guerra civil, há 17 anos.
Nos combates deste domingo morreram mais de 20 soldados e 20 militantes, além de um número não confirmado de civis.
A luta ressalta como ainda é frágil a segurança no país, atingido por tensões políticas e sectárias desde a guerra entre Israel e o grupo Hezbollah, no ano passado, e de uma série de assassinatos antes e depois da retirada de tropas da Síria.
Na manhã desta segunda-feira, as tropas do governo bombardearam posições do grupo Fatah al-Islam perto do campo de refugiados de Nahr el-Bared, um dos principais focos da violência do dia anterior.
O bombardeio com artilharia acontece pouco depois do cessar-fogo fechado entre os dois lados, o Exército libanês e o grupo extremista sunita 'Fatah al Islam'.
Os bombardeios estão dirigidos 'contra as bases do 'Fatah al Islam'', disse o Exército. Segundo a TV 'Al Jazira', há pelo menos nove civis mortos pelos bombardeios do Exército. Até agora, não se sabe se os ataques causaram baixas no grupo sunita. Mas os números de vítimas é muito difícil de verificar, já que a imprensa está proibida de entrar no acampamento. Até mesmo os veículos da Cruz Vermelha e dos bombeiros sofrem diversas limitações de acesso.