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Após problemas no exterior, China defende segurança de produtos

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REUTERS

PEQUIM - Diante de uma série de problemas sanitários envolvendo seus produtos mundo afora, a China saiu em defesa do caráter seguro de suas exportações, insistindo que o país é responsável e coloca o consumidor em primeiro lugar.

O mais recente escândalo envolve uma onda nos EUA de mortes de animais de estimação que haviam consumido proteína de arroz e glúten contaminados, um produto importado da China. Também há relatos de toxinas e doenças em outros produtos chineses.

- O governo chinês dedica grande atenção à segurança do consumidor. A China é um país responsável quando se trata de proteger a saúde e a segurança dos consumidores, disse Li Chuanqing, vice-ministro da Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena.

- Nós nos empenhamos para proteger a qualidade dos produtos e a saúde das pessoas, afirmou Li, cujo ministério está encarregado de garantir a segurança das exportações de alimentos do país, em um fórum co-patrocinado pela Organização Internacional para a Saúde e Segurança dos Consumidores de Produtos.

Todos os anos, a China produz bilhões de dólares em produtos falsificados ou fora dos padrões, de bebidas e remédios a bolsas de luxo.

Num dos escândalos mais divulgados, a China revelou em 2004 que pelo menos 13 bebês haviam morrido de desnutrição na província de Anhui (leste) depois de receberem leite infantil 'falso'.

Embora não tenha se referido explicitamente aos casos recentes, Li disse ser importante que a China trabalhe com o resto do mundo para tratar adequadamente dos problemas com qualidade.

- A China é o maior exportador mundial de bens de consumo. Nossos produtos estão em todos os cantos do mundo, afirmou.

Quase 200 mil pessoas morrem por ano na China devido ao uso inadequado de drogas legais, segundo Jin Shiming, membro da Associação Provincial de Ciência e Tecnologia de Cantão.

Além disso, uma substância num medicamento chinês matou pelo menos cem pessoas no Panamá, de acordo com o jornal New York Times.

Mark Dewar, sócio do escritório de advocacia Simmons & Simmons e membro da direção da entidade que co-patrocina o evento, apontou como um progresso o fato de Pequim estar recebendo um seminário internacional sobre a segurança do consumo, e afirmou que a China já tem um forte marco jurídico em vigor.

- Também está extraordinariamente disposta a aprender com outros mercados, muitíssimo receptiva, disse ele a jornalistas.

- Eles querem ouvir como os principais países estão fazendo isso.