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Sarkozy encontra Blair em 1º compromisso diplomático

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REUTERS

PARIS - O presidente eleito da França, Nicolas Sarkozy, estréia na sexta-feira na diplomacia internacional com um encontro com Tony Blair, que se prepara para deixar o cargo de primeiro-ministro britânico, que ocupa há uma década.

Os dois líderes, ambos quinquagenários, dizem se dar bem e compartilhar muitas opiniões, inclusive sobre a adoção de uma versão 'emagrecida' do tratado constitucional europeu rejeitado em 2005 pelo eleitorado francês.

As importantes reuniões da União Européia e do G8 no mês que vem devem formar o núcleo da conversa deles, marcada para as 12h30 (hora de Brasília), depois que Blair visitar o atual presidente da França, Jacques Chirac.

- Com Nicolas Sarkozy, é possível prever que as discussões vão abranger importantes reuniões internacionais do futuro próximo, como a da UE, examinando o tratado, e obviamente o G8, examinando a mudança climática e o acompanhamento da agenda de Gleneagles, disse um porta-voz de Blair a jornalistas.

Blair, que deixa o cargo em 27 de junho, fugiu da norma ao saudar a vitória eleitoral de Sarkozy, no domingo, com um discurso em francês.

Ele disse que o sucesso eleitoral do conservador representa 'uma fantástica oportunidade para que Grã-Bretanha e França trabalhem juntas nos próximos anos'.

Sarkozy quer aprovar no Parlamento um tratado menos ambicioso para modernizar as instituições da UE, e descarta um novo referendo sobre a Constituição do bloco.

- Não falo por Nicolas Sarkozy, e isso obviamente é uma coisa que eles vão discutir, disse o porta-voz de Blair. O primeiro-ministro apóia uma emenda no tratado, em vez de uma Constituição plena, disse o porta-voz.

A chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, com quem Sarkozy se reúne na próxima semana, depois de tomar posse, fez da retomada da Carta uma prioridade para o semestre alemão na presidência da UE.

Sarkozy salientou seu desejo de superar as suspeitas provocadas pela dura oposição da França à guerra anglo-americana no Iraque, e fez da melhoria das relações com Londres e Washington uma prioridade.

Seu reconhecimento da importância da tradicional aliança com a Alemanha será ressaltado na semana que vem, quando ele visitar Berlim na quarta-feira, mesmo dia da posse.

- Para a chanceler, este é um sinal extraordinariamente forte da amizade franco-alemã, disse Thomas Steg, porta-voz do governo alemão.