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PARIS - Ségol¨ne Royal, candidata à Presidência da França derrotada no último domingo, não tentará reeleger-se nas eleições parlamentares de junho, afirmou na sexta-feira um assessor.
A decisão pode complicar os esforços dela para continuar participando da liderança do Partido Socialista, que se viu tomado por conflitos internos após sua terceira derrota consecutiva nas eleições presidenciais.
Royal é dirigente da Região de Poitou-Charentes (oeste da França) e defendeu, durante a campanha eleitoral, que os políticos detivessem apenas um cargo eletivo por vez. O chefe da campanha presidencial dela, Jean-Louis Bianco, afirmou que a ex-candidata decidiu seguir seus princípios e que renunciaria à reeleição em seu distrito, o de Deux-S¨vres, o qual representa desde 1988.
Prevê-se que os socialistas sejam derrotados na eleição parlamentar. Segundo pesquisas de intenção de voto, o presidente eleito do país, Nicolas Sarkozy, deve conseguir eleger uma maioria sólida nesse pleito.
O Parlamento é a plataforma natural para o líder da oposição, e a ausência de Royal fará com que perca influência, mas não significa necessariamente que a ex-presidenciável abrirá mão de desempenhar um papel de destaque dentro de seu partido.
- Ela não terá problemas para existir politicamente - afirmou Bianco.
Royal deixou claro, na noite de sua derrota, que pretendia atuar de forma decisiva dentro do Partido Socialista, surpreendendo muitos políticos veteranos da legenda, que esperavam vê-la sair de cena.