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Irã insiste no direito de produzir energia nuclear

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Agência JB

TEERÃ - As autoridades iranianas rejeitaram a resolução do Conselho de Segurança da ONU contra o país e insistiram em seu direito de produzir energia nuclear com fins pacíficos. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, pediu aos países ocidentais que se acostumem a conviver com um Irã nuclear, enquanto o chefe das negociações nucleares, Ali Larijani, assegurou que seu país iniciará a instalação de 3 mil centrífugas na central de Natanz, no Centro do país, em resposta à decisão da ONU.

A resolução 1737, que foi adotada neste sábado por unanimidade pelos 15 membros do Conselho de Segurança, exige que Teerã suspenda as atividades de enriquecimento de urânio em um prazo de 60 dias.

Se o Irã não cumprir o prazo determinado, a medida determina que os Estados-membros da ONU ficarão proibidos de fornecer material e tecnologia que os iranianos poderiam utilizar em seus programas nucleares e de mísseis.

A resolução estabelece ainda o congelamento dos ativos financeiros de companhias e indivíduos-chave envolvidos nesses programas.

- O Irã é um país nuclear, queira o Ocidente ou não - afirmou o presidente ultraconservador iraniano em comício realizado na antiga embaixada dos Estados Unidos em Teerã.

Ahmadinejad afirmou que o melhor para os países ocidentais é 'que convivam com um Irã nuclear' e ressaltou que 'eles (Ocidente) tentam dividir a união dos iranianos' e, numa referência à resolução da ONU, imaginam que podem assustar 'com este pedaço de papel roto'.

O líder iraniano também insiste em que 'a resolução não preocupa o povo do Irã nem lhe causará mal' e acrescentou que 'os países que assinaram este documento se arrependerão pela estreiteza de seu gesto'.