EFE
BUENOS AIRES - O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, afirmou nesta quinta-feira que o país "saiu do inferno" da crise de 2002, e agora passará a trabalhar por um crescimento econômico "permanente".
Durante um ato público, Kirchner destacou a substancial melhora dos indicadores econômicos e sociais, "apesar de todas as críticas dos economistas ortodoxos".
Neste sentido, o presidente lembrou que os analistas que criticam sua política econômica "diziam que era uma loucura" pagar toda a dívida, de mais de US$ 9 bilhões, da Argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI), quitada em janeiro.
- Não só recuperamos as reservas, mas temos US$ 31,23 bilhões no Banco Central - afirmou Kirchner. - Recuperamos tudo, após termos suportado as políticas equivocadas e injustas impostas pelo FMI.
Pelo quarto ano consecutivo, a economia argentina crescerá em 2006 a um ritmo médio superior a 8%, após a queda de 20 pontos percentuais acumulada no período de recessão, entre 1998 e 2002, quando dispararam os índices de pobreza e desemprego.
Para este ano, o orçamento oficial previa que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) seria de 4%, embora os economistas tenham afirmado que ficaria em cerca de 8,4%.
Para 2007, o Governo projeta um crescimento do PIB de 4%, contra os 7,1% calculados pelo Banco Central.