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Straw defende sua atuação no processo de extradição de Pinochet

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EFE

LONDRES - O líder da Câmara dos Comuns no Parlamento britânico, Jack Straw, defendeu hoje sua atuação no processo de extradição para a Espanha de Augusto Pinochet, e expressou seu desejo de que os chilenos possam deixar para trás os anos terríveis da ditadura.

Em declaração, Straw, ex-ministro do Interior e de Exteriores britânico, foi o responsável de tomar a última decisão na extradição do general e autorizou sua libertação em 2000.

- Durante todo o processo de extradição do general Pinochet, como em qualquer outro caso de extradição, eu fiz tudo o que pude para garantir que todas as decisões eram tomadas em função dos claros deveres legais que me competiam - acrescentou.

Segundo o ex-ministro, a detenção do general e o retorno a seu país ajudaram o Chile a mudar a face da política chilena.

- Espero que a morte do general Pinochet signifique que a população chilena possa avançar e deixar para trás o legado desses terríveis anos - disse Straw, que foi ministro do Interior durante a detenção do ex-ditador em Londres entre 1998 e 2000.

O deputado trabalhista Jeremy Corbyn, que apoiou a extradição à Espanha de Pinochet, disse hoje que o general morreu tranqüilo com sua família e evitou ser processado.

- Milhares de famílias no Chile e em todas partes do mundo ainda se perguntam o que aconteceu com seus entes queridos - disse.

- De maneira equivocada, permitiu-se que (Pinochet) saísse do Reino Unido em 2000, porque dizia ter a saúde ruim, e durante seis anos evitou a Justiça - disse o parlamentar.

Pinochet, que morreu hoje aos 91 anos, foi detido em 1998 em Londres devido a uma ordem de extradição emitida pela Justiça da Espanha, para ser interrogado pelo desaparecimento de cidadãos espanhóis no Chile.