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Morre a 334ª vítima do massacre de Beslan

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EFE

MOSCOU - Uma mulher de 33 anos morreu como conseqüência dos ferimentos sofridos em 3 de setembro de 2004 no massacre de Beslan, o que eleva a 334 o número de vítimas da tragédia, informou nesta sexta-feira a Prefeitura da cidade.

- Yelena Abdonina foi operada várias vezes, mas os esforços dos médicos foram insuficientes, afirmou um porta-voz da Prefeitura de Beslan, localidade situada na república da Ossétia do Norte, no Norte do Cáucaso, à agência oficial 'Itar-Tass'.

A vítima, que ficou internada durante dois anos e meio em clínicas de Moscou e Rostov (sul), é mãe de duas crianças que foram mantidas reféns durante 52 horas por um comando terrorista checheno em uma escola de Beslan.

Em 16 de agosto deste ano, morreu a vítima número 333 dos 1.128 reféns da escola, uma mulher de 66 anos que tinha ficado paralítica devido aos estilhaços.

Em 1º de setembro de 2004, na abertura do ano letivo, um comando terrorista checheno invadiu a escola número 1 de Beslan e fez 1.128 reféns, em sua maioria mulheres e estudantes.

Após 52 horas de seqüestro, uma explosão dentro da escola - acidental, segundo a versão oficial - desencadeou uma confusa operação de resgate na qual 317 reféns, três socorristas e dez agentes do Serviço Federal de Segurança (FSB, antigo KGB) morreram.

Quatro dos reféns morreram posteriormente no hospital por causa dos ferimentos sofridos.

Familiares das vítimas afirmam que o que detonou a operação foi o lança-chamas usado pelas forças de segurança, que defendiam a violência como única solução para a crise.

Em maio, Justiça russa condenou Nurpasha Kulayev, único terrorista checheno sobrevivente do comando que cometeu o massacre, à prisão perpétua.

A comissão interparlamentar que investiga o incidente ainda não emitiu um relatório definitivo sobre as circunstâncias que rodearam o trágico desenlace do seqüestro