EFE
LIMA - O ex-presidente peruano Alejandro Toledo, que deixou o poder em 28 de julho, compareceu neste sábado no Congresso do país para responder perguntas de uma comissão parlamentar que investiga casos de corrupção supostamente cometidos durante seu Governo.
- O presidente Toledo não esconde nada, quero que o país saiba disso - disse o ex-líder em sua chegada ao Legislativo, onde pediu, além disso, que o comparecimento, previsto para acontecer a portas fechadas, fosse público para que todos os peruanos pudessem escutá-lo.
Toledo se encontrava fora do país desde que cedeu o poder ao atual presidente, Alan García, mas retornou esta semana para participar de um fórum empresarial.
Essa comissão do Congresso investiga a suposta fraude que permitiu ao então partido de Toledo, País Possível, hoje Peru Possível, conseguir sua inscrição no organismo eleitoral para as eleições de 2000 mediante a falsificação de assinaturas.
Além disso, a comissão investiga contratos relativos ao transporte do gás de Camisea, da estrada Interoceânica e da via Chimbote-Cabana, assim como as supostas irregularidades cometidas na Comissão Nacional de Povos Andinos e Amazônicos (Conapa), que foi presidida por sua esposa, a ex-primeira-dama Eliane Karp.
O ex-primeiro-ministro Carlos Ferrero, que exerceu o cargo durante o Governo de Toledo, afirmou que a convocação de hoje foi orquestrada pelo próprio Alan García.
- É uma perseguição política, não há nada a esconder - disse Ferrero, em resposta ao pedido da congressista fujimorista Marta Moyano, que exigiu que o comparecimento fosse a portas fechadas.