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EUA: diálogo sobre mudança tem que ser entre cubanos

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EFE

WASHINGTON - Os Estados Unidos disseram neste sábado que se mantêm firme em sua política externa para Cuba, e que o diálogo sobre uma mudança política na ilha tem que se dar "entre os cubanos".

- O diálogo sobre o futuro democrático da ilha deve ser entre o regime cubano e o povo cubano - disse à Efe Janelle Hironimus, uma porta-voz do Departamento de Estado.

O Governo dos EUA reagiu assim ao discurso conciliador apresentado neste sábado pelo presidente interino de Cuba e ministro da Defesa, Raúl Castro, que expressou sua vontade de "resolver na mesa de negociações as diferenças entre Estados Unidos e Cuba".

No entanto, a porta-voz reiterou que "qualquer aprofundamento da aproximação com Cuba depende desse diálogo, e da vontade do regime cubano de dar passos concretos rumo a uma abertura política e uma transição democrática na ilha".

Perguntada pela Efe sobre se estas declarações assinalam uma rejeição à oferta de diálogo do Governo cubano, a porta-voz afirmou que "a política americana sempre foi clara: o Governo de Cuba é que deve realizar mudanças".

Raúl Castro fez a proposta de diálogo antes do desfile militar em Havana realizado como homenagem a Fidel Castro e aos 50 anos do início da revolução cubana.

Raúl Castro assumiu provisoriamente as rédeas do Governo em 31 de julho, quando Fidel Castro, de 80 anos, foi submetido a uma operação intestinal.

Desde então, Fidel Castro não fez nenhuma aparição pública, pois se recupera de uma doença considerada "segredo de Estado".

Os Estados Unidos restringiram severamente as viagens a Cuba, e mantém um embargo contra a ilha desde 1962, como uma medida de pressão para que o Governo de Havana realize mudanças democráticas na ilha.