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COI, que tem membros acusados de corrupção, agora quer punir Nuzman

Comitê afastou brasileiro e suspendeu o COB

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Os representantes executivos do Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciaram nesta sexta-feira (6) que o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, preso quinta-feira (5), foi afastado de suas atividades na entidade.

Além disso, o COI suspendeu o Comitê Olímpico Brasileiro após a suspeita de compra de votos na eleição que escolheu o Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

A pergunta que fica no ar após estas medidas é como uma entidade, cujos próprios membros são acusados de participar do esquema que levou Nuzman à prisão, pode agora agir com ares punitivos, como arauto da ética e da moralidade? Afinal, os próprios membros do COI são suspeitos de participar do esquema da compra de votos. Será que Nuzman agiu sozinho? Alguém pode acreditar nisso? No âmbito do Brasil, os verdadeiros criminosos são aqueles que doaram o dinheiro usado na suposta compra de votos para o Rio, e não declararam no Imposto de Renda. Nuzman trouxe a Olimpíada para o Rio. Aliás, uma Olimpíada que foi elogiada nos quatro cantos do mundo, e que trouxe um orgulho ao Rio e ao Brasil há muito tempo perdido.

Será que alguém acredita que a Olimpíada do Rio foi a única em que houve compra de votos? Ou essa era a forma de agir de certos membros do COI? O Brasil é culpado pelo Comitê Olímpico Internacional ter membros acusados corrupção? Se Nuzman teve que usar este mecanismos - como aponta a investigação - é porque era esta a linguagem entendida naquele meio.