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Aécio veta Itagiba, após ex-deputado pedir seu afastamento da presidência do PSDB

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O delegado da Polícia Federal e ex-deputado Marcelo Itagiba (PSDB) teve sua indicação para assumir a Secretaria Nacional de Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça, vetada após se manifestar no Twitter pedindo que o senador Aécio Neves (PSDB) se licenciasse da presidência do partido até o término das investigações. 

Na conversa na qual o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, fez o convite para a secretaria, Itagiba colocou duas condições: a primeira é de que pudesse indicar os nomes de toda a equipe, sem preferência política, porque o convite não era por ele ser político, e sim por ser técnico.

A segunda condição era de que pudesse implementar um plano especial de segurança para o combate à criminalidade violenta, principalmente no Rio de Janeiro, fazendo com que o governo federal assumisse essa bandeira. Serraglio teria concordado com as duas condições.

Itagiba então tomou todas as providências para poder assumir a função quando foi informado que tinha sido vetado por ter publicado em seu Twitter a necessidade de o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, se licenciar da presidência do partido até o término das investigações, em função das denúncias que vieram à tona na quarta-feira (17), no âmbito da Lava Jato. Para Itagiba, o PSDB era maior do que seu presidente.

O deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB) teria dito a um interlocutor que o veto do PSDB teria partido do próprio Aécio, por Itagiba ter defendido seu licenciamento. 

Itagiba, depois de vetado, pediu um encontro com o senador Aécio Neves, através de um interlocutor comum. Durante a reunião, Itagiba reforçou que estava ali como homem e como delegado da Polícia Federal, e não como político, e que sabia que o veto havia sido dele. Itagiba também reforçou a Aécio que, para vetar, não bastava ter força política. Era preciso também ter autoridade moral.