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As previsões de um conceituado economista para o Brasil

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De um conceituado economista tucano, ex-diretor do Banco Central:

Os EUA sobem os juros em dezembro - fundamentos mais fortes: desemprego baixo, perto de 5,1%. 

Aumento deve ser gradual e espaçado, e o impacto no real não deve ser significativo porque grande parte já está pré-fixada.

China deve crescer entre 6% e 7% este ano.

América Latina sofre com desvalorização de moedas locais e menor crescimento da demanda chinesa. 

Queda do rating: países que tem perda do investment grade geralmente sofrem por um ou dois anos com crescimento baixo e, em geral, a recuperação vem via demanda externa, com aumento de exportação. Brasil sofre com atividade muito deprimida. Devemos viver três anos com crescimento negativo e forte recessão. 

PIB este ano deve chegar à casa de -2,8% e, em 2016, -1,2%. 

Inflação seguirá pressionada por desvalorização cambial e serviços que ainda demonstram persistência inflacionária. Expectativa para 2015 é de 9,5%, e para 2016, de 6,5%. 

Juros com inflação alta: O Banco Central não terá espaço para a queda de juros em 2016, e manterá a Selic em 14,25%. Se houver queda, poderá ocorrer no primeiro semestre de 2017.

Caso o câmbio sofra com overshooting, que seria uma desvalorização agressiva maior do que os fundamentos econômicos preveem, aí forçaria o Banco Central a subir mais ainda as taxas de juros em 2016. 

Desemprego - continuará subindo e atingirá 10% em 2016. 

Câmbio - há banco com expectativa R$ 4 contra US$ 1 em 2015, e R$ 4,25 contra US$ 1 em 2016. 

Problemas fiscais em ambiente político no Brasil são os principais fatores do estágio atual.

Política fiscal - primário deste ano será extremamente baixo, mas em 2016 ainda poderá ser pior. Preveem déficit fiscal de -1% em 2016, distante do -0,37% enviado no Orçamento da União ao Senado. Com isso, a dívida bruta/PIB do país atingirá níveis de 70% no próximo ano, com dificuldade de se implementar o ajuste fiscal.