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Mensalão: quem perde e quem ganha com a rejeição da prisão

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A decisão do ministro Joaquim Barbosa de rejeitar o pedido do procurador-geral, Roberto Gurgel, de mandar prender logo os condenados do mensalão, tem algumas implicações políticas.

Ela, por exemplo, esvazia o discurso do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), que mesmo prestes a deixar o cargo em fevereiro, empunhou a bandeira da autonomia do Legislativo e se indispôs abertamente com o presidente do Supremo.

Além disto, ao não conceder a prisão dos condenados em pleno período natalino, ele evitou criar uma indisposição com setores da sociedade que se posicionariam contrários à medida. Afinal, o período natalino é muito mais para assinatura de indultos do que de mandados de prisão.

Por fim, a sua decisão retirará do seu arquirrival na Ação Penal 470, o ministro revisor Ricardo Lewandowski, o gostinho de, ao responder pela presidência do STF, na segunda metade do recesso, poder assinar o mandado de soltura destes presos.

Mas, quem ficam mal nesta história, é o procurador-geral Roberto Gurgel, que deixou para entrar com o pedido no começo do recesso, na expectativa de ver os condenados presos por uma decisão monocrática. Ele agora é curtirá sozinho a fama de mau.