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Porto Novo, uma intermediária entre a prefeitura e a Comlurb

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Para realizar o projeto do Porto Maravilha, a Prefeitura Municipal do Rio entendeu, na lógica de quanto menos estado melhor, que poderia contratar uma empresa através da Parceria Público Privada (PPP). Ou seja, deixou claro que o serviço não precisava ser realizado por entes públicos.

Dentro deste espírito, contratou a concessionária Porto Novo - empresa constituída pelas construtoras Norberto Odebrecht, Carioca Christiani-Nielsen Engenharia e OAS Engenharia -, para revitalizar a região Portuária do Rio de Janeiro. Ela recebe do governo municipal para desenvolver projetos como abrir ruas, fazer calçadas, iluminar os espaços, manter a área limpa e até recolher lixo residencial.

Curiosamente, como denunciou a vereadora Andrea Gouvêa Vieira, atualmente licenciada do PSDB, para cuidar da limpeza, a concessionária terceirizou o serviço. Ou seja, contratou uma nova empresa. Para tal fez uma licitação e quem ganhou com o menor preço foi a velha e conhecida Comlurb, empresa estatal do município.

Logo, o serviço que a prefeitura abriu mão e recorreu à Parceria Público Privada agora será realizado por uma empresa pública. 

Mas, para contratar a Comlurb e lhe pagar R$ 19 milhões, a concessionária Porto Novo que, certamente, embolsou, no mínimo, uma taxa de administração.

No fundo, na questão da limpeza, ela apenas intermediou a contratação dos serviços entre a Prefeitura e a empresa municipal.

Não dava para a contratação ser direta?