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Joaquim Barbosa e Lewandowski: bate-boca chega ao auge 

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No final da tarde desta quarta-feira, no meio do voto do ministro-revisor da ação penal do mensalão referente ao réu Emerson Palmieri, o ministro-relator Joaquim Barbosa interpelou “agressivamente” o ministro Lewandowski, acusando-o de não estar levando em conta provas concretas constantes dos autos com relação ao réu, ex-”tesoureiro informal” do PTB.

O advérbio “agressivamente” foi usado pelo ministro Marco Aúrélio, ao pedir que Joaquim Barbosa “policiasse sua linguagem”.

“Se vossa excelência não admite a controvérsia, seria melhor sugerir que fosse abolida a figura do revisor. O senhor quer que eu coincida em todos os pontos de vista?”, indagou Lewandowski. 

E acrescentou: “Para que revisor? O senhor não aceita discordâncias!”.

O ministro-revisor tinha dito a Joaquim Barbosa que estava cumprindo o seu dever de revisar os autos, e explicou que alongava o seu voto para “prestar contas à sociedade”.

Joaquim Barbosa continuou no ataque: “Para prestar contas à sociedade eu distribuo o meu voto. Você excelência devia fazer o mesmo”.

“Vossa excelência não dirá o que eu tenho que fazer”, rebateu Lewandowski. O ministro-relator ainda usou a palavra “hipocrisia” ao se referir ao ministro-revisor.