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Mensalão: Joaquim Barbosa propõe também penas severas 

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Embora tenha ficado para o fim do julgamento a dosimetria das penas dos réus da ação penal do mensalão que venham a ser condenados, o ministro-relator Joaquim Barbosa já demonstrou que também vai ser bastante severo na aplicação das sanções previstas para os diversos crimes a que respondem Marcos Valério, os seus sócios e a cúpula do Banco Rural.

Marcos Valério

Ao fim do seu voto escrito de 154 páginas referente ao item 4 (lavagem de dinheiro pelo núcleo publicitário-financeiro) — que foi julgado na última semana — Joaquim Barbosa propõe que Marcos Valério seja condenado a 12 anos e sete meses de reclusão, mais 340 dias-multa, “visto que foram cometidas 46 operações de lavagem de dinheiro em continuidade delitiva”. Cada dia-multa, no caso, é igual a 10 vezes o salário mínimo vigente ao tempo do fato.

Os outros

No mesmo item já julgado, o ministro-relator propõe as seguintes penas para os outros sócios ou diretores das empresas de publicidade de Marcos Valério: Ramón Hollerbach, Cristiano de Mello Paz e Rogério Tolentino — 10 anos de reclusão, mais 250 dias-multa; Simone de Vasconcelos — sete anos e sete meses de reclusão, mais 180 dias-multa. Para os principais dirigentes do Banco Rural, Kátia Rabello e José Roberto Salgado, a pena prevista é de 10 anos de reclusão, mais 250 dias-multa.