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Patrícia Amorim e a resistência

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As eleições para a presidência do Flamengo, que agitam os bastidores do clube, não parecem causar entusiasmo em Patrícia Amorim, atual presidente. Bastante criticada por seus opositores, Patrícia disse nesta quinta-feira (30) que não decidiu “de que forma irá participar do processo eleitoral”. Segundo a assessoria do Flamengo, Patrícia não responderá a perguntas sobre eleição neste momento. As chapas têm até o dia 1º de outubro para se inscrever oficialmente no processo eleitoral.

A assessoria completa ainda que o time joga contra o Sport nesta quinta-feira (30) e, por isso, a presidente está "voltada para este compromisso". Atualmente, o time ocupa a décima posição do Campeonato Brasileiro e não tem grandes perspectivas na competição. 

Oposição fragmentada 

A oposição está agitada. Já são cinco chapas formadas para disputar a presidência. Elas são encabeçadas por: Jorge Rodrigues, Lysias Itapicurú, Ronaldo Gomlevsky, Marcos Braz e Wallim Vasconcellos. Outras duas podem participar da disputa, mas não foram confirmadas. 

Braz, demitido por Patrícia em 2009, confirmou à imprensa que concorrerá com o ex-judoca Frederico Flexa como vice. Rodrigues é dono da empresa Triunfo Logística, atual patrocinadora do time rubro-negro, e cobra multa por descumprimento do contrato. Vasconcellos compõe uma chapa junto a empresários, que pretendem profissionalizar a gestão do futebol no clube. Tem o apoio do maior ídolo da história do clube, Zico, e de ex-presidentes, como Kleber Leita e Marcio Braga. 

Resistência

Apesar da fragmentação dos opositores, a resistência de Patrícia Amorim em participar do pleito sinaliza seu possível desgaste.

E não é para menos. Afinal, em quase três anos, sua gestão não conquistou nenhum título de expressão e foi marcada por situações complexas, como a demissão de Zico do cargo de diretor-executivo de futebol, a rescisão de Ronaldinho Gaúcho, uma ação civil que cobra R$ 40 milhões do time, a demissão de Vanderlei Luxemburgo, que travou guerra fria com Ronaldinho, e o fracasso dos atletas rubro-negros nos Jogos Olímpicos de Londres, maior bandeira de Patrícia desde que assumiu o cargo.