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Defesa de Carlinhos Cachoeira pode usar CPI da Privataria a seu favor

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Os dos principais casos de corrupção deste ano estão prestes a se unir. De acordo com o deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), a defesa de Carlinhos Cachoeira pode impedir o começo dos trabalhos da CPI sobre suas fraudes graças à Privataria Tucana. Isso porque o regimento interno da Câmara dos Deputados dita que uma nova comissão de inquérito só pode ser instaurada após o começo da anterior. O problema é que, até agora, a CPI da Privataria ainda está em espera. 

Acordo eleitoral

"Estão segurando a CPI da Privataria porque ela pode beneficiar ou prejudicar o ex-governador José Serra (PSDB-SP) nas eleições municipais de São Paulo. Não querem que ela vire palanque política para nenhum dos dois lados e ela só deve sair depois das eleições. A defesa do Cachoeira pode aproveitar isso para barrar qualquer CPI a respeito dele, já que o regimento interno dita que a Privataria deverá ser investigada primeiro, pois ela já foi protocolada", explicou Protógenes. 

Ainda de acordo com o parlamentar, acordos entre as lideranças da Câmara poderiam alterar a ordem da abertura de CPIs, mas se alguém questioná-la através do regimento interno, as chances de barrá-la são grandes. 

Impunidade

Responsável pelo pedido de abertura das duas comissões de inquérito, Protógenes Queiroz pediu agilidade na Câmara para a apuração das denúncias contra Demóstenes Torres e José Serra. 

"Tanto no caso do Carlinhos Cachoeira quanto no do José Serra, alvo das denúncias do livro 'A Privataria Tucana', estamos diante de esquemas de corrupção que são uma verdadeira afronta à sociedade e aos Três Poderes. A Câmara precisa dar uma satisfação à população e investigar isso o quanto antes", reforçou.