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Ri melhor quem ri no fim

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Noel Rosa já cantava: “quem me fez chorar, hoje chora por mim/quem ri melhor é quem ri no fim”. As eleições de 1994 foram marcadas por uma das mais espetaculares viradas registradas pela crônica política dos últimos tempos. Em Minas Gerais, o candidato Hélio Costa vencera o primeiro turno com cerca de 2,9 milhões de votos. Quase o dobro do segundo colocado, o tucano Eduardo Azeredo, que teve cerca 1,6 milhão de votos. Foi uma eleição curiosa, onde despontou para a vida pública um empresário chamado José Alencar, que ficou em terceiro lugar, mas anos depois subiria a rampa do Planalto como vice-presidente da República ao lado de Lula. Hélio e Azeredo foram para o segundo turno. E aí o jogo virou. Como registra a história, o candidato do PSDB saiu vitorioso com 4,3 milhões de votos contra 3 milhões do famoso jornalista. Na época, atribuiu-se a derrota de Helio Costa a uma verdadeira derrama de dinheiro, cujas origens acabaram rendendo ao governador eleito 20 anos de xadrez. Em uma conversa essa semana onde relembrou o episódio, Hélio Costa filosofou quando indagado sobre o que achava da pena imputada a Azeredo: “às vezes deus nos castiga nas vitórias e nos protege com derrotas”.

Juízes na berlinda 

Um estudo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) identificou 110 magistrados, entre eles sete juízes do Trabalho, sob ameaça no País em 2017. Todos estavam sob proteção de autoridades. Em 97% dos casos, o desempenho profissional dos juízes tem relação com a ameaça. A pessoa responsável pela potencial agressão é conhecida do juiz em 65% das situações. O levantamento foi realizado pelo Departamento de Segurança Institucional do Poder Judiciário. 

Caindo dentro 

Rubem Cesar Fernandes afinal se empolgou com a candidatura a governador pelo PPS. Ele já passou o bastão do Viva Rio para o diretor Tião Santos, que vinha se dedicando aos Perolas Negras, equipe de futebol do Haiti criada pela entidade. Ontem de manhã cedo ele participou de uma reunião com Marcello Faulhaber, que é o sonho de consumo de Romário para coordenar seu programa. 

Miau 

Disputado por Rubem César e Romário, durante a primeira campanha de Eduardo Paes para prefeito, Faulhaber tinha um apelido que corria entre as assessoras (e alguns assessores também): TDB ou Tudibão. 

Sincericídio

A coluna, aliás, cometeu um erro anteontem. Faulhaber não foi um dos autores dos “30 motivos para não votar em Eduardo Paes”. Ele foi sim signatário de uma carta, que vazou para a imprensa onde, entre outros elogios, ele diz que “Estamos criando um monstro”. “O que há ali é puro pragmatismo, a serviço da ambição e da vaidade, E é na sua hipocrisia, na sua ação política ditatorial, desprovida de escrúpulos e sem nenhum respeito às instituições é que podemos perceber esse pragmatismo escroto”. Ui!

Declaração de voto 

Filiado ao PT, o ex-senador Saturnino Braga anunciará segunda-feira seu apoio à candidatura de Ciro Gomes. “Lula é o meu candidato. Mas duvido que a Justiça brasileira permita que ele concorra. Acredito na inocência do ex-presidente , mas ele é considerado ficha suja pela condenação no processo do triplex”, diz Saturnino. “O PT tem que ser realista. Melhor apoiar logo o Ciro para que não vença o Bolsonaro. Gosto muito do Boulos. Mas, Ciro tem mais chances de vencer”. 

Praza shopping

O melhor do Brasil é o brasileiro. Traficantes do Morro dos Prazeres vendiam ontem na boca de fumo garrafas pet de 2 litros cheias de gasolina por R$ 12.

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LANCE LIVRE

• Leonardo Pazzini, sócio da Alcance Construtora e da Way Design, fundou a empresa 2gether Group