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Segmento de alimentação fora do lar busca se adaptar às novas tecnologias

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Como as plataformas digitais estão mudando a realidade dos serviços de alimentação fora do lar e podem tanto complementar as atividades quanto concorrer com elas.

Este foi o foco do primeiro painel do seminário Impactos da Economia Colaborativa – Alimentação, Transporte e Agências de Viagem, realizado pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da CNC, dia 7 de agosto, no Rio de Janeiro.

Para o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Roberto Maciel, que é empresário do ramo como sócio-diretor do Grupo PAX, o segmento cada vez mais terá destaque pela experiência e pelo entretenimento que proporciona ao cliente. “Nosso setor hoje emprega seis milhões de pessoas e tem uma função vital na nossa economia, ele terá que se adaptar e absorver as novas tecnologias. O segmento é de experiência, você vai a um restaurante não apenas para comer, mas para se divertir, encontrar pessoas, ouvir música, o restaurante é cada vez mais um lugar de entretenimento.”

Roberto também destacou a importância crescente de ter colaboradores capacitados, pois o atendimento continua fazendo a diferença, e a sustentabilidade das empresas vai depender da capacidade de adaptação e da criatividade diante dos novos modelos de negócio. “A tecnologia está mudando a forma de se fazer negócios. A experiência tecnológica fará parte do atendimento no futuro. Mas, independentemente da tecnologia, sempre será essencial a pessoa com educação e criatividade”, lembrou.

O presidente da Abrasel ressaltou ainda a aprovação da reforma trabalhista e do trabalho intermitente como essenciais para a sobrevivência do segmento, além da chamada Lei da Gorjeta, que regulamentou a cobrança dos 10% nos serviços, as mudanças possibilitam maior adaptação dos negócios. “Nós que empregamos temos muitos processos trabalhistas, essa reforma vai possibilitar uma revolução.”

Aplicativos trazem mais eficiência para os negócios

Para o presidente do Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindRio) e sócio da rede de restaurantes Gula Gula, Pedro De Lamare, a tecnologia agrega ao setor e ajuda a desenvolver novos serviços por meio dos aplicativos e das plataformas, aumentando a demanda e reduzindo os custos na gestão de negócios do ramo de restaurantes e gastronomia. “O iFood (serviço de delivery via aplicativo de smartphone) alavanca em até 40% a venda de um restaurante, sem aumentar a nossa mão de obra, que é um custo muito alto. Nosso setor, na faixa entre 18 e 24 anos, emprega mais que o dobro de outras atividades econômicas”, afirmou De Lamare.

Aplicativos de fidelidade, em que o cliente entra na loja, faz seu login e resgata pontos e descontos, ou outros, em que é possível fazer o pedido a distância e, quando chega ao restaurante ou praça de alimentação, a refeição já está pronta, são exemplos de como a tecnologia pode racionalizar os serviços. “Quando falamos em termos de inovação, falamos em racionalizar. Estamos cada vez mais tentando enxergar como fazer isso”, disse o presidente do SindRio. “Com todas as mudanças que a tecnologia e os novos aplicativos trazem, devem sobreviver os negócios de empreendedores que têm criatividade e liderança”, concluiu Roberto Maciel, da Abrasel.