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Confiança do empresário do comércio aumenta em outubro

Apesar da sequência de altas, recuperação do setor deve demorar

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Influenciado pela melhora na avaliação das condições correntes, nas expectativas de curto prazo e nas intenções de investimento, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 97,3 pontos em outubro, mês que inicia o trimestre mais importante para o comércio.

Na série com ajuste sazonal, houve aumento de 1% em relação a setembro e 18,7% na comparação anual. O índice, no entanto, ainda permanece na zona negativa, abaixo do corte de indiferença, de 100 pontos, refletindo a contínua redução das vendas no varejo.

“Embora a confiança dos comerciantes tenha evoluído positivamente nos meses recentes, os consumidores continuam cautelosos nas decisões de consumo. Há a percepção de que a crise está abrandando, mas a renda das famílias segue restrita com o comprometimento com dívidas, as condições do mercado de trabalho seguem desfavoráveis, com a taxa média de desemprego elevada e fechamento líquido de postos de trabalho, além do custo do crédito, que continua elevado. Esse contexto dificulta a recuperação mais rápida do varejo”, analisa a economista da CNC Izis Ferreira.

Condições atuais

O índice que mede as condições correntes alcançou 57,3 pontos, um crescimento de 2,8% em relação a setembro e 36,9% na comparação anual – a maior variação positiva da série histórica, iniciada em março de 2011.

Na comparação mensal, a percepção dos varejistas quanto às condições atuais melhorou em relação à economia (+9%), ao setor (+2,2%) e manteve-se estável no que diz respeito ao desempenho da própria empresa. Contudo, para a maior parte dos comerciantes, 81,9%, a economia piorou em outubro.

Expectativas

Já o índice referente às expectativas chegou a 148,6 pontos, único a ficar acima da zona de indiferença. O resultado reflete aumento de 1,7% em relação a setembro e 21% ante outubro de 2015.

Todos os componentes subiram, tanto na comparação mensal como na anual. Em relação a setembro, as perspectivas de curto prazo cresceram 2,9% para a economia, 1,3% para o setor e 0,9% para o desempenho da empresa. Na comparação com outubro de 2015, o aumento foi de 37,6% para a economia, 19,1% para o comércio e 10,4% para o desempenho da empresa. Para 80,9% dos entrevistados, a economia vai melhorar nos próximos meses.

O componente relativo às condições de investimento registrou 85,9 pontos. Com um crescimento tímido em relação a setembro (0,2%), teve uma elevação de 5,9% em comparação com outubro de 2015.

As intenções de contratação de funcionários aumentaram 3,5% e 21% nas comparações mensal e anual, respectivamente. Já as intenções de investir na própria empresa caíram 3,6% ante setembro e 0,7% ante outubro de 2015.

A avaliação dos comerciantes sobre o nível dos estoques também piorou: caiu 0,5% na comparação mensal e 4,2% na anual. Esses números indicam que os comerciantes iniciaram o último trimestre do ano mais estocados.

Para 71,5% dos empresários, as intenções de investimento no capital social das empresas são menores. Para 31,1% dos comerciantes, os estoques estão acima do adequado.

Clique aqui para acessar a análise completa.