ASSINE
search button

Lançada Frente Parlamentar em Defesa do Sistema S

Ação tem apoio de representantes dos sistemas confederativos patronais e dos seus serviços autônomos

Compartilhar

Deputados e dirigentes empresariais participaram hoje (1°/6) do lançamento, na Câmara dos Deputados, da Frente Parlamentar em Defesa do Sistema S, iniciativa do deputado Major Rocha (PSDB-AC). A solenidade, realizada no restaurante Escola do Senac, teve o apoio de representantes dos sistemas confederativos patronais e dos seus serviços autônomos.

Rocha disse que sua intenção “se insere no espírito de reconstrução do País, num momento crucial do Brasil. Os bons exemplos resultantes do trabalho realizado pelas entidades do Sistema são inspiradores para combater a grave crise econômica e política”. A Frente já conta com a adesão de 246 deputados.

O vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) Adelmir Santana destacou que a Frente Parlamentar será um instrumento para mostrar, dentro do Congresso Nacional, a transparência da atuação do Sistema S (veja abaixo). Numa referência a parlamentares que criticam as instituições, disse que “o fazem por desconhecimento”.

É impossível, a seu ver, não reconhecer a presença dessas instituições em todo o País e a qualidade dos serviços que entrega à população. “Quem se aprofundar na análise do trabalho executado por entidades como Senac e Sesc compreende a sua importância para o País”, declarou chamando a atenção para o fato de ambas prestarem serviços relevantes à sociedade há mais de sete décadas.

Santana, que também preside a Fecomércio-DF, observou ainda que, apesar de os recursos que as mantêm virem por via pública, elas são administradas pela iniciativa privada, “daí a sua eficiência”. Para o dirigente, a estrutura em vigor hoje demonstra que é possível a cooperação entre o setor privado e o Estado brasileiro visando resultados positivos, tanto na formação profissional como também da assistência nas áreas de saúde, lazer e segurança no trabalho para os trabalhadores.

Confiança

Tânia Zanella, gerente geral da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), afirmou que o Brasil passa também por uma crise de confiança generalizada. Com um trabalho responsável, acrescentou, a Frente Parlamentar pode ajudar na recuperação dessa credibilidade, “uma ação que já vem sendo executada pela Frente Parlamentar do Cooperativismo”.

Já Nicole Goulart, diretora executiva Nacional do Sest/Senat, defendeu maior diálogo entre o Parlamento e a sociedade, afirmando que a Frente e as entidades do Sistema “devem investir mais num comportamento propositivo, abandonando a posição atual, apenas reativa”. Mansueto Lunardi, dirigente do Senar, disse que a entidade tem trabalhado para que, cada vez mais, os recursos arrecadados sejam destinados ao treinamento profissional. “É bom para o mercado, é bom para o País.”

No encerramento da solenidade, o diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi, enfatizou a participação do setor privado no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do governo Federal. “Trata-se do maior programa de educação do Brasil e 85% das matrículas são oferecidas por escolas do Sistema S.”

O Brasil, em sua opinião, ainda precisa evoluir muito na educação profissional, mas “já deu mostras que a qualidade de seus cursos e a preparação de seus alunos se comparam às nações mais desenvolvidas. Prova disso foi o primeiro lugar conquistado no ano passado na Worldskills, a maior competição de educação profissional do mundo, da qual participaram mais de 60 países”.

O diretor da CNC e presidente da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (FNHRBS), Alexandre Sampaio, e o chefe da Assessoria Legislativa da Confederação, Roberto Velloso, também participaram da cerimônia.

Sistema S

É como se convencionou chamar o conjunto as entidades patronais privadas, com braços sociais e de educação profissional, nas áreas do comércio, indústria, agricultura, transporte, cooperativismo e micro e pequenas empresas. São elas: CNC, à qual estão ligados o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e o Serviço Social do Comércio (Sesc); a Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Social da Indústria (Sesi); a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar); a Confederação Nacional do Transporte (CNT), com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) e o Serviço Social do Transporte (Sest); a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SesCoop); e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).