Mal sabia Henri Castelli que uma foto publicada durante uma viagem pelo litoral brasileiro o traria tanta dor de cabeça. É que o ator dividiu com seus fãs uma imagem em que aparece com um peixe enorme na garupa de sua moto. O que ele não sabia é que a espécie em questão, um mero - que pode chegar a 400 quilos e 3 metros -, está ameaçada de extinção e sua pesca passou a ser crime ambiental em todo o território brasileiro até 2023. Por ser rara e de tamanho surpreendente, é considerada um ‘troféu’ no universo da pesca. “Pra depois ninguém falar que é papo fiado. Taí a prova do dia!!”, chegou a escrever o ator, que ainda publicou a hashtag #vidadepescadornãoéfácil.
Depois da repercussão negativa, Henri apagou a imagem de seu perfil e tratou de se desculpar. Segundo o ator, ele não pescou, apenas posou junto ao peixe, que havia sido capturado por um pescador. “Na semana passada, fiz uma brincadeira ao ser abordado por um pescador que me pediu para tirar uma foto. Ele carregava em sua moto um peixe muito bonito. Eu não matei o peixe e tampouco sabia que aquele tratava-se de um mero. Foi um momento rápido e de distração em que tirei e publiquei uma foto, da qual me envergonho agora. Momento infeliz. Entrei na brincadeira do pescador e não reconheci o mero — um dos peixes mais incríveis que já vi no fundo do mar”, disse ele, por meio de sua assessoria de imprensa.
O ator foi além e condenou a pesca predatória. "Admito que errei, condeno a pesca e caça de espécies ameaçadas de extinção e tenho o maior respeito pela natureza e pelos animais. Peço desculpas pelo mau exemplo e agradeço as mensagens de apoio e carinho que recebi", escreveu, em comunicado.
Segundo o Ibama, o ator recebeu uma notificação pelos Correios com a multa estipulada em 5.000 reais. "O Ibama encaminhou nesta segunda-feira (14/08) auto de infração no valor de R$ 5 mil ao ator Henri Castelli. Ele foi multado por transportar espécie ameaçada de extinção. O crime será comunicado ao Ministério Público Federal (MPF) para apuração de responsabilidade penal", disseram.