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SPFWTRANSN42 #Day 4: Liana Thomaz se inspira nas Maldivas para Água de Coco

Desfile teve casting hiper-estrelado com Isabelli Fontana, Fernanda Tavares, Marlon Teixeira e mais

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Inspirada no paraíso, Liana Thomaz foi buscar referência para a sua nova coleção nas Maldivas. Com um casting estrelado, que teve Isabelli FontanaRenata KuertenFernanda TavaresFernanda Motta, Marlon Teixeira e muitas outras top maravilhosas, a estilista apresentou suas criações em uma apresentação matinal na loja conceito da Artefacto. Em um clima tropical, que tinha areia, sol e, claro, muita água de coco, o desfile ainda contou com presenças ilustres de Claudia Leitte e Wanessa na primeira fila. “A inspiração veio depois do Renato (filho de Liana e diretor de marketing da marca) ter ido para as Maldivas para o casamento da Isabelli com o Di Ferrero. E ele se apaixonou por aquele lugar, e não podia ser diferente. Eu já tinha ido e sabia as Maldivas são um paraíso inexplicável”, lembrou.

Mas engana-se quem pensa que o cenário cinematográfico das Maldivas tenha sido o primeiro destino criativo de Liana para esta coleção. Como contou, a estilista inicialmente viajaria para o Havaí. “No começo, eu queria fazer sobre o Havaí. Mas eu achei tantas criações em cima desse tema, que eu decidi ir para outro lugar. Não queria que a minha coleção fosse uma repetição de um conceito já batido”, explicou Liana que teve o abacaxi, super tendência do cenário da moda, decoração e artes em geral, como elemento forte na coleção. Em relação a essa unanimidade das grifes na escolha da fruta como símbolo conceitual, Liana atribuiu ao pensar coletivo a razão. “É incrível ver que, quando a gente lança uma coleção, que já é pensada há seis meses, muitas unanimidades aparecem nas passarelas. Mas isso não é culpa de ninguém, acho que é uma consequência natural dos processos criativos”, analisou.

Agora é hora de falar das peças que encantaram a catwalk. E que coleção maravilhosa! Com muitas cores, estampas, energia e total insider das tendências da moda, a Água de Coco fez bonito na passarela. Nas peças, Liana Thomaz abusou da seda pura para dar brilho aos tons de caramelo e dourado e do tricoline, que, segundo ela, é um tecido, leve, fresh e com um bom preço de mercado. Mas, materiais nobres a parte, os bordados da Água de Coco foram o colírio dos olhos dos convidados no desfile de ontem. “Nós temos uma identidade muito forte com as nossas bordadeiras e as pessoas amam isso. Acho que esse trabalho handmade é uma questão difícil hoje em dia, já que as marcas só querem usar as máquinas. De fato, dá muito trabalho e gera uma preocupação enorme. Mas o resultado é incomparável e justifica qualquer trabalho árduo”, analisou. Mais que justificada, Liana.

Por mais que estejamos às vésperas da estação mais quente do ano por aqui, não é só para a coleção de verão que a moda de beachwear trabalha. Como contou, e comemorou, a estilista Liana Thomaz, a moda praia se faz presente o ano todo, graças ao sucesso da Água de Coco no mercado internacional. “Apesar do nordeste não ter inverno, a Região Sul do Brasil tem alguns meses de bastante frio. Só que a gente faz uma moda praia globalizada. Então, mesmo aqui sendo inverno e estando frio, por mais que seja só em alguns estados, no hemisfério norte, é o auge do verão. Ou seja, eu trabalho com um calendário mundial em função dos dois trópicos. E essa é uma das vantagens de trabalhar com a beachwear. Afinal, em algum lugar do mundo, está verão e calor”, disse Liana que acrescentou que a movimentação de mercado nos países do hemisfério norte segue um padrão diferente do que nós conhecemos por aqui. “O limite de compra deles é muito limitado, não importa para qual marca. O período de venda de verão deles é muito breve, cerca de apenas dois meses. Se você viajar para fora, vai ver que as lojas já estão liquidando em junho, quando é o ápice do verão por lá. Ou seja, é muito pouco tempo de venda. Mas é gratificante porque a aceitação é muito boa”, concluiu.

O beachwear sexy da Água de Coco buscou inspiração na paisagem idílica das Maldivas para apresentar uma coleção “tropicool”, na qual o rico trabalho de estamparia, pautado pela fauna e flora das ilhas, e pelo pôr do sol de tons avermelhados, recebeu aplicações de neoprene, patches e bordados manuais. Os bordados, inclusive, presentes a todo momento, elevando o jogo e agregando ainda mais valor ao mood . Flores tropicais deram o tom das estampas localizadas, um trabalho minucioso que resultou em peças singulares e exclusivas. O late motif ainda abraçou o abacaxi, fruto tropical que invadiu a moda, tamanha sua majestade. Na coleção, ele é apresentado a partir de uma montagem cubista, último grito da estamparia gráfica.

O visual esportivo descomplicado flerta com a megatrend da moda sem gênero, a partir da modelagem encontrada no universo do surfe. Os shapes evocam uma libertação confortável, enquanto os zíperes aplicados reforçam a inspiração sportswear em peças feitas totalmente com elásticos. Calças pantacourt surgem como uma releitura das bermudas dos surfistas, enquanto os kaftans kimono são apresentados como uma nova interpretação para os roupões. Destaque ainda para as calças fluidas com cós e laterais de elástico, além das jaquetas bombers. O metal dourado dos acessórios recebe formas de folhas para compor com as flores da estamparia. Nos pés, flatforfs sofisticadas para equilibrar o mood descomplicado dos looks.

Com um casting que reuniu inúmeras tops brasileiras que são sucesso mundo afora, a beauty foi só um detalhe. Responsável por potencializar a beleza das modelos da Água de Coco, Daniel Hernandez contou que a maquiagem para a passarela foi a mais básica possível. “A gente prima pela beleza das próprias modelos. Então, é um aspecto bem fresh em que só os cílios recebem um pouco mais de cuidado e destaque. O resto é um aspecto glossy em diferentes pontos acentuados do rosto. Já a boca, é com cor de carne e o blush um pequeno rubor”, explicou.

Para completar o visual, Daniel optou por cabelos soltos, mas controlados. “O cabelo é divido no meio e com um aspecto mais solto. Para isso, nós colocamos as madeixas para trás da orelha para que mostrassem os rostos e ficassem livres ao mesmo tempo, apesar de não ser preso”, concluiu.

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