Textura, ah, sempre ela. Na 18ª edição do Minas Trend, esse foi o crème de la crème das coleções. Lucas Magalhães, habitué da semana de moda mineira, foi mais um a explorar essa vertente bebendo da fonte coloridíssima da artista plástica contemporânea Mary Heilmann, nascida em São Francisco (1940), que hoje vive e trabalha em Nova York (desde 1968).
Na real, essa inspiração se refletiu na cartela de cores, pensada como vibrante, mas que, no fim das contas, acabou entregando um resultado sóbrio, muito pela textura em foi aplicada – rosa, verde, laranja, azul, amarelo, preto e marrom foram usados.
As estampas geométricas (com ótima técnica), junto de sobreposições estrategicamente armadas, conferiram unidade à coleção, que usou de abusou do comprimento midi (outra tendência em voga no Minas Trend) – só que bem colado ao corpo porque, na próxima estação, os looks curvilíneos serão aposta.
O tricô, base do trabalho de Magalhães, veio em sua forma tradicional – a renda e o couro usados, de forma acertada, não fugiram do óbvio no quesito manipulação de tecido, mas, por outro lado, proporcionou um belo espetáculo comercial, visual e confortável – o que importa na moda atual – instigando a consumidora com renovação, mesmo que sutil.