ASSINE
search button

Minas Trend Verão #16: mega evento antecipa tendências da próxima estação!

Semana de moda mineira teve abertura com direito a bafão envolvendo a top Daiane Conterato. Saiba!

Compartilhar

A temperatura vai subir na moda brasileira! Esta foi a conclusão tirada por qualquer um que passasse pela abertura da 16ª edição do Minas Trend, nesta segunda (06), no pavilhão do Expominas. Para inaugurar o evento, um super desfile foi apresentado ao público, com direção de Roberta Mazzola e styling de Paulo Martinez. Pela passarela, passaram 36 looks com peças pinçadas das coleções de primavera 15/16 das grifes participantes da semana de moda mineira. Com o tema “Viva ciclicamente”, muitos tons de vermelho, laranja, coral e amarelo dominaram a catwalk.

Mazzola, diretora do desfile, lançou mão de uma trilha sonora de peso para conquistar os presentes. Na playlist, pérolas do naipe de “Night and day”, de Cole Porter, na voz de Ella Fitzgerald e “Mac the knife”, música que Kurt Weill compôs em cima da dramaturgia do alemão Bertold Brecht. “É importante trazer para o público, sobretudo neste show de abertura, um desfile atmosférico, que ofereça a tônica da temporada. Sobre as peças usáveis são acrescentadas camadas de inspiração em sobreposições e acessórios-conceito, para que as imagens se tornem icônicas e memoráveis”, afirmou Roberta.

E, se os últimos 50 anos demonstraram que o universo pode conspirar contrariamente ao planeta Terra, a moda continua aí para servir de motor para a criatividade - contanto que esteja sempre afinada com o mercado. Quem pensa assim, por exemplo, é o estilista Victor Dzenk, mineiro de alma carioca que atualmente desfila na SPFW. “O momento é para se pensar na venda e no cliente que é fiel à marca, não é hora para experimentalismos. Mas, ainda assim, é fundamental ser original dentro dessa premissa”, disse Dzenk.

Assim como em suas edições passadas, o Minas Trend tenta equalizar bons momentos na passarela, com desfiles memoráveis, junto de um bombado salão de negócios que não deixa de dar atenção especial às vendas. Tudo isso vem acompanhado de uma boa dose cultural, explícita, por exemplo, nas exposições que o evento organiza. Na abertura desta edição, foi possível conhecer - através de duas mostras separadas - o trabalho das estilistas de acessórios Claudia Arbex (bijoux) e Luiza Barcelos (calçados). Cada uma a seu modo, as estilistas lançaram seu olhar sobre o tema central, “Viva ciclicamente”. 

Além destas duas expos, o evento organizou uma exibição de doze trabalhos fotográficos de alunos do curso da Escola de Cultura SESI (Escola de Fotografia Studio3 SESIMINAS), a partir da vivência que tiveram em quatro ateliês de moda de Minas Gerais. As imagens produzidas mergulham fundo no ritmo de trabalho destes espaços, revelando o processo de finalização das coleções de Rogério Lima, Heliana Lage, Luiza Barcelos e Vivaz.

Como se não tivessem carregado a mão o bastante no quesito arte, os organizadores do Minas Trend ainda fizeram questão de deixar seus visitantes de queixo caído com a exibição dos figurinos criados pelo designer mineiro Martielo Toledo - e confeccionados pelos alunos do SENAI MODATEC e SENAI Américo Renê Giannetti, de Belo Horizonte, em parceria com a diretora da Cia. de Dança SESIMINAS, Cristina Helena. A partir de diversas referências, os alunos puderam criar uma coleção de figurinos exclusivos para os bailarinos, além de um vídeo institucional que, de tão bom, mais se parece com um fashion film. Coisa fina…

O desfile de abertura, carregado de um toque conceitual, emprestou ares militares a atmosfera ‘balneário chique’, brincando com etnias e dando ênfase ao orientalismo. Saltos anabela, chemises e amarrações também cruzaram a passarela. Encerrando o desfile, a top Daiane Conterato adentrou a catwalk em clima de sofisticação à la Cole Porter, com um vestido fluido e carregando uma enorme piteira - visual cinematográfico, que faz alusão aos tempos em que fumar era considerado algo para lá de chique.

Os tempos mudam e… a patrulha do “politicamente correto” não deixa barato. Parte da plateia não recebeu bem a atitude incorporada por Daiane, que, após o desfile, compartilhou com HT sua opinião. “Eu nem sequer fumei na passarela, era só um imagem emblemática, que revelava um tempo passado, trazido de volta pela moda atual, que não incentiva o hábito, mas mostra que um dia ele existiu com força”, disse a bela. Nós concordamos com a top, uma vez que achamos ser válido interpretar situações do passado pelo viés da ficção. Afinal, trata-se de uma realidade reencenada apenas na passarela… e nada mais. Certo?

[email protected]