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Exclusivo: Naldo e os fãs ilustres, a agenda lotada e parcerias internacionais

Cantor chega a fazer 4 shows por noite e prepara parceria com o rapper americano Fat Joe

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Em um de seus maiores hits, ‘Amor de chocolate’, Naldo diz que ‘joga o clima lá no alto’. E isso é impossível negar. O rapaz que começou a carreira musical ao lado do irmão Lula, em 2005, seguiu em carreira solo após a morte do parceiro, em 2008, e, hoje, não quer se prender a nenhuma amarra dos rótulos musicais. Não é funk, não é hip-hop, é o Naldo. “A minha vontade de não ficar preso a nenhum seguimento me tornou pop. Consigo passear entre o hip hop, o pop e o funk”, nos conta o Chris Brown brasileiro, que já conheceu o rapper americano durante um show no Rio de Janeiro, em 2010. “Fui ao camarim e conversei bastante com a mãe dele. O admiro muito e adoro ser comparado com ele”, diz Naldo, que só não fala com qual carro circula pelo Rio de Janeiro e quantos shows faz por mês. Mas sabemos que são muitos, cerca de 3 por noite, faça as contas. E não há mais espaço em sua agenda até o final de 2012.

O cantor conquistou Preta Gil, que é sua ‘madrinha’ e parceira na música ‘Meu corpo quer você’, e um exército de fãs, que inclui nomes como Ivete Sangalo e os jogadores Ronaldo Fenômeno e Emerson Sheik, que vai a seus shows em casas populares do Rio ou nos clubes mais caros frequentados pela elite paulistana, sempre com o mesmo nível de assédio. Há alguns dias, Naldo voltou de uma viagem rápida aos Estados Unidos, onde gravou com o rapper Fat Joe, um de seus ídolos, que, se tudo der certo, vem ao Brasil para o show de lançamento do próximo CD do carioca, que, em uma entrevista exclusiva, nos conta até se prefere vodka ou água de coco.

Heloisa Tolipan: Você conseguiu ultrapassar as barreiras do mercado do funk, como você acha que começou esse fenômeno?

Naldo: Acho que meu desejo de não ficar preso a nenhum seguimento contribuiu bastante para o sucesso. Aos poucos,  incluí uma banda aos meus shows, os dançarinos e isso me tornou pop. Consigo ficar entre o hip hop, o pop e o funk. Considero que eu nunca fui cantor ‘só’ de funk, sempre foi uma mistura de músicas ‘para cima’ com músicas românticas.

HT: Você é o único artista desse seguimento da Deckdisc, como rolou essa parceria?

Naldo: A gravadora de procurou logo assim que gravei o DVD ‘Na veia’, que foi uma produção minha, completamente independente. Achei a ideia interessante e tem dado muito certo. Agora, estamos produzindo o meu segundo CD e DVD, que, assim como o anterior, deve ser gravado após quase um ano de produção e incluirá uma música com a participação do Fat Joe. Acredito que ele vem pro show de gravação do DVD, tem que ver se vamos conseguir encaixar nossas agendas, né?

HT: Qual situação o fez perceber que o sucesso tinha chegado? E qual foi a sua primeira compra quando começou a ganhar dinheiro com a música?

Naldo: Isso é muito doido porque procuro não pensar muito no sucesso. Penso diariamente no trabalho, na música, no prazer de estar em cima do palco e estar evoluindo. Mas acho que cantar no Faustão no domingo passado (7), foi um desses momentos. Ver pessoas do nível da Ivete Sangalo e do Ronaldo Fenômeno falando de mim foi incrível. E a primeira coisa que comprei com o meu dinheiro foi um carro, um Gol zerinho preto. A maioria dos carros que já comprei são pretos, o que uso atualmente também, mas prefiro não falar qual é o modelo.

HT:  Há duas semanas você se apresentou no Royal Club, a boate do Marcus Buaiz, em São Paulo, que é frequentada pela elite de São Paulo. Poucos dias antes, você participou do show da Preta Gil, no Barra Music, no Rio. Você se sente mais à vontade no palco de uma casa popular do Rio ou no de uma boate chique de São Paulo? O assédio dos fãs é diferente?

Naldo: Esse show lá em São Paulo foi uma realização, uma grande conquista. O Ronaldo e o Emerson Sheik estavam na casa, foram lá só para me ver. Entrar no mercado paulista é um sonho desde a época da dupla Naldo e Lula. Hoje, faço uma média de 4 a 5 shows por semana em São Paulo. O assédio é o mesmo em qualquer lugar, hoje não tem mais diferença. Meu trabalho consegue alcançar todos os públicos, todas as classes sociais e faixas etárias, fico muito feliz com isso.

HT:  Como se sente quando dizem que você é o Chris Brown brasileiro?

Naldo: Ah, eu adoro! Gosto muito dele, o acho muito talentoso. Já conheci o Chris em um show que ele fez no Rio, em 2010, no Citibank Hall. Foi o máximo. Fui ao camarim, conversei com a mãe dele. Ele estava concentrado com a banda e não pudemos ter muito contato, mas assisti ao show inteiro na primeira fila. Além do Chris, sou muito fã do Usher e do Stevie Wonder.

HT: Você faz quantos shows por mês? Tem algum lugar no Brasil que não foi e ainda quer conquistar?

Naldo: São muitos, mas me poupo de falar quantos. É uma média de 3 a 4 por noite. Concilio os horários e, geralmente, começo meia-noite e só acabo às 6h! Ainda não fui a Curitiba, tenho muita vontade de ir lá e, em geral, o público do Sul recebe bem o meu trabalho.

HT: Você consegue perceber diferenças entre o público das várias regiões do Brasil?

Naldo: Sim, várias diferenças, inclusive com relação ao respeito pelo meu trabalho. O público mineiro, por exemplo, é bem educado e gosta de valorizar a música. Eles são bem musicais. No Espírito Santo, percebo que o público é mais quente do que o carioca. Meu trabalho é mais forte lá. Mas já tive situações chatas de receptividade ruim. Não vou falar em qual cidade porque eles vão ficar chateados comigo, mas foi no Nordeste, há muito tempo. Hoje, já percebo que a situação mudou. Eles têm uma tradição musical forte e são muito fiéis aos gêneros locais, por isso, foi bem difícil romper essa tradição e mudar um pouco o cenário. Mas agora já está fluindo bem.

HT: Você pretende fazer shows internacionais?

Naldo: Já fiz alguns e vou fazer mais. Nos Estados Unidos, já fui a Boston, New Jersey, Miami... As coisas estão rolando muito bem por lá. Volto em alguns dias para gravar o clipe com o Fat Joe, mas shows, só no ano que vem. Esse ano não tenho mais espaço na agenda, está muito cheia.

HT: A pergunta que não quer calar: você prefere vodka ou água de coco? Gosta mais de chantilly ou morango?

Naldo: (Risos) Depende do momento, né? Essa semana fez muito calor no Rio, aí prefiro água de coco. Mas hoje, eu vou para a pista, então tem que ser vodka para ficar doido logo! E morango tem que ser sempre com chantilly!

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