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Pouca história, muito livro: após Bieber e Miley Cyrus, Ke$ha terá biografia!

Ainda muito jovens, artistas apostam em obras suas (curtas) trajetórias de vida em nome do lucro

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Quais são os pré-requisitos para se ter a honra de ser o personagem principal de uma obra biográfica? Essa é a pergunta que nos fizemos aqui na coluna quando descobrimos que a cantora Ke$ha, de apenas 25 anos, está prestes a lançar uma autobiografia. Livros sobre a história de vida de artistas ainda muito novos se tornaram coqueluche no mercado literário, porque, claro, falam de astros do 'showbiz' e contam com a adesão dos milhares de fãs que esses jovenzinhos têm espalhados pelo mundo. Mas a questão é: em 20 e poucos anos (ou até menos) é possível ter experiências que mereçam ser transformadas em uma narrativa biográfica?

Não duvidamos do quão interessantes e incríveis são as histórias de vida de Justin Bieber, Rihanna e Miley Cyrus, por exemplo, todos com suas biografias já publicadas (Miley, inclusive, escreveu a sua, chamada 'Miles to Go'), mas esse tipo de obra tem como principal característica mostrar as diversas fases dos anos vividos e desfrutados por uma pessoa, fator que torna um livro como 'Rihanna: Uma Vida de Sucesso' um tanto quanto desproporcional, porque, 'peraí', ela só tem 24 anos. Ainda há muita estrada pela frente.

Justin Bieber, do alto de seus 18 anos, também já tem livros contando fatos de sua breve vida e é o protagonista de um documentário, 'Justin Bieber: Never Say Never', lançado em 2011. O principezinho do pop é dono de uma trajetória atípica, realmente, mas está em ascensão desde que sua carreira começou, não há diferentes “tons” e perspectivas a serem explorados em obras sobre o rapaz.

Desta vez, assim como Miley Cyrus, Ke$ha vai lançar uma autobiografia, com o título de 'My Crazy Beautiful Life',  que terá divulgação simultânea à do novo álbum da cantora, 'Warrior', em novembro. Não sabemos o que vem por aí, mas, provavelmente, não será nada muito diferente do que temos visto: publicações sem qualquer profundidade e escritas com um óbvio e único objetivo. O mercadológico. E quem perde é o gênero biográfico, uma pena. 

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