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Mortes, ameaças e terror: aura de medo envolve novo filme do 'Batman' 

'Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge' tem gerado manifestações negativas pelo mundo

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Sou fã de Batman desde a década de 70, quando os primeiros episódios do seriado sobre o super-herói, produzidos nos Estados Unidos, chegaram à TV brasileira. Depois vieram os filmes, aos quais também assisti por realmente gostar da história de um herói que não tem poderes sobre-humanos, mas que, com inteligência e sagacidade, consegue atingir os seus objetivos.

Em 2005, o diretor Christopher Nolan lançou 'Batman Begins', o primeiro longa-metragem de sua trilogia sobre o super-herói, que foi seguido por 'Batman - O Cavaleiro das Trevas', de 2008. Na próxima sexta-feira (27), chega ao Brasil o último filme da franquia, 'Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge', protagonizado por Marion Cotillard, Anne Hathaway e Christian Bale. Mas algo aflige a todos: as manifestações que o longa tem gerado em suas estreias pelo mundo.

Nesta semana, Marshall Fine, crítico de cinema, foi ameaçado de morte pelos fãs da trilogia por divulgar sua crítica negativa ao novo 'Batman'. No momento em que a resenha chegou ao Rotten Tomatoes, site compilador de críticas, mais de 500 pessoas fizeram comentários do tipo "você é um babaca", "morra queimado", "queria colocá-lo em coma ao bater em você com uma mangueira de borracha" e outras agressões do gênero. A confusão foi tanta que a equipe do Rotten Tomatoes, pela primeira vez, bloqueou a seção de comentários dos leitores. 

Como se não bastasse o desrespeito a Marshall Fine, hoje (20) soubemos que James Holmes, um rapaz de 24 anos, é o suspeito mais provável de ter cometido um atentado terrível: adentrar uma sala de cinema do Colorado, nos Estados Unidos, na qual estava acontecendo a pré-estreia de 'Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge' e matar 12 pessoas a tiros, além de deixar 59 feridos. Ao ser preso pelo crime, James teria dito: "Eu sou o coringa!". Assustador.

Em meio à torrente de acontecimentos estranhos, a pré-estreia do filme em Paris, que também estava marcada para hoje, foi cancelada. Estamos imersos no mar profundo da inversão de valores. É muito triste ver algo que deveria proporcionar diversão e entretenimento, como era nos bons anos 70, se transformar em motivo de temor e insegurança. Aonde vamos parar?

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