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Roupa vale mais que petróleo? Le Lis Blanc, a nossa Petrobras da moda...

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Se qualquer economista, ao ser entrevistado, responder a seu interlocutor que 'roupa vale mais do que petróleo', talvez de louco, talvez de alienado, não sabemos bem: mas, com certeza, confiável, à primeira vista, ele não será. Mas basta parar, olhar para alguns números e pensar um pouco que tal afirmação começa a se tornar mais plausível. 

Foi o que percebemos ao batermos um papo com Maria Prata, editora da revista Harper's Bazaar BR, versão nacional de uma das publicações de moda mais importantes do mundo. 

Eis que, durante a conversa sobre a avalanche de conglomerados a adquirirem grifes brasileiras por conta da saúde vistosa de nossa economia(sexta maior potência mundial) e a enxurrada de dinheiro que vem inundando a seara de business do fashion world, Maria citou: "Veja, por exemplo, a Le Lis Blanc, com crescimento maior que a Petrobras". Inacreditável, não é mesmo? Mas basta olhar o desfile de números: no quarto trimestre de 2011, a Le Lis Blanc teve uma receita com crescimento de 32%, se comparada ao mesmo período em 2010. Já nossa grande estatal, orgulho nacional incontestável, apresentou, durante o terceiro trimestre de 2011, em comparação ao mesmo trecho do ano anterior, uma queda de 42%. Curioso, não? Ao pensarmos que um mercado, a princípio, muito robusto como o do ouro negro, certamente, traz mais lucros que uma grife, surgem números que provam o contrário.

Não é à toa, claro, que a Le Lis Blanc expande seus domínios: ainda neste primeiro semestre de 2012 adentrará a selva fashion masculina, sob a alcunha da marca Noir, além de lançamento de cosméticos com a assinatura da grife e expansão de lojas, tanto da Le Lis Blanc, como também da Bo.Bô, sob seu domínio (lembrando que Le Lis Blanc é controlada pela empresa Restoque).

"Essa economia robusta permite que não apenas 'marcas de estilistas' façam sucesso, como é o caso da Le Lis Blanc, uma grife de mercado", complementa Maria, que não deixa de salientar a constante profissionalização do mercado de moda brasileiro (com o boom dos conglomerados, novos nomes no line up de desfiles, maior interesse do grande público pelas semanas de moda). "Não adianta, o dinheiro é essencial para o mercado girar. O maior problema sempre será a falta de dinheiro". E, pelo jeito, a presença dele é a solução.

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